quarta-feira, 31 de outubro de 2007

As notícias de hoje, 31/10, são:

As notícias de hoje, 31/10, são:

Notícia - FGTS:
- Novas regras para casa própria

- FGTS: novo financiamento de imóvel beneficia quem ganha mais de R$ 4.900

- Aumentam saques do FGTS

- Bancos terão de cortar taxa, dizem analistas


Notícia - Facilidade no financiamento:
- Compra para investimento vira estímulo



Notícia - FGTS:
Novas regras para casa própria
O mercado se aquece e as famílias sonham, só que quem entende adverte: para comprar a casa própria, é preciso mais do que dinheiro e planejamento. Saiba o que sugerem os especialistas.
O governo vai facilitar a compra da casa própria. Uma das medidas é a ampliação do uso do FGTS. Agora, esse dinheiro poderá ser usado para quitar as prestações. Mas especialistas alertam: há vários tipos de contratos, muitos índices de correção e prazos diferentes. São muitas opções para todos os bolsos.
Toda atenção é pouca para o sonho poder virar realidade. É preciso analisar tudo: as taxas de juros, o número de prestações, se elas vão ser fixas, se elas diminuir ao longo do tempo e como são taxas de administração. Hoje existem duas tabelas para financiamento imobiliário: SAC e Price. O comprador precisa analisar qual delas se adapta melhor ao orçamento da família. Mas a principal dica principal é ser chato mesmo. Afinal, esse pode ser o investimento da sua vida.
Comprar apartamento dá um trabalhão. É preciso conferir todos os detalhes. Um casal já escolheu a cor da parede. Amarelo-bebê, diz o marido.
Discordar da decoração até dá. Mas, para dividir o mesmo teto, um casal precisa antes de planejamento. Não dá para falar línguas diferentes na hora da compra. São muitas opções e também dúvidas, principalmente para quem depende de financiamento“ a maioria.
Para amortizar a dívida, são usadas duas tabelas. Pela tabela Price, a prestação é fixa, mas já estarão no valor juros sobre juros. Pela outra tabela, a SAC, as prestações são decrescentes. Uma pessoa que começa pagando R$ 1,3 mil pode pagar no mês seguinte R$ 1.298, e assim por diante.
Não quer dizer que a pessoa, por usar um sistema ou outro, está pagando mais ou está pagando menos, alerta o superintendente técnico da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Pereira Gonçalves.
A escolha deve ser pensada caso a caso. O representante da Abecip dá uma dica.
Se é uma pessoa que tem filhos pequenos, mas sabe que daqui a quatro ou cinco ou oito anos vão estar no colégio particular e os custos serão maiores, é importante ela fazer um esforço maior agora, porque é a prestação que cabe naquele momento no bolso da pessoa, recomenda o superintendente técnico da Abecip, José Pereira Gonçalves.
Com o financiamento escolhido, o medo de todo comprador é sempre o mesmo: De um dia chegar a aumentar as prestações ao ponto de eu não conseguir pagar. É o meu maior medo, diz uma paulistana. Os juros não variam. Os juros são fixados em contrato. É aquela taxa de juros. O que muda é o índice que corrige a prestação depois. Por isso, é importante que as pessoas leiam bem o contrato e vejam que índice está sendo utilizado. Se for o sistema financeiro, em 99% dos casos vai ser a TR, afirma o superintendente técnico da Abecip, José Pereira Gonçalves.
Jorge já sabe de onde vem parte da entrada: do FGTS. O fundo de garantia pode ser usado também de outras formas.
Ao longo do financiamento, ela também pode usar o fundo ou para fazer uma amortização da dívida, para reduzir prazo ou até para reduzir o valor do encargo. Ela pode manter o prazo e a prestação, que era de R$ 1,5 mil, e passar para R$ 1 mil, acrescenta o superintendente técnico da Abecip, José Pereira Gonçalves.
Depois de tiradas todas as dúvidas, a assinatura merece até festa. Afinal, foram muitas etapas. Agora falta pouco. Logo depois do réveillon, Everaldo e Sheila estarão de casa nova. É o primeiro apartamento. Eu estou trêmula até agora, diz Sheila. Graças a Deus, dá para a gente pagar sossegado, finaliza Everaldo. Nesta terça-feira (30), o governo anuncia as novas regras para o financiamento da casa própria. As mudanças devem beneficiar, principalmente, a classe média. Quem ganha mais de R$ 4,9 mil vai poder usar o FGTS para financiar imóveis de até R$ 350 mil. Para essa linha de crédito, devem ser liberados R$ 1 bilhão.
Fonte: Bom dia Brasil


FGTS: novo financiamento de imóvel beneficia quem ganha mais de R$ 4.900
Na próxima terça-feira (30), haverá mais uma reunião do Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Na ocasião, deverá ser aprovada uma proposta que beneficia os interessados em adquirir a casa própria que ganham acima de R$ 4.900.

De acordo com o diretor- executivo do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e membro do Conselho, Celso Luiz Petrucci, os juros para esta modalidade de financiamento deverão ficar abaixo de 10% ao ano. "Estamos lutando para uma taxa de um dígito", afirma.

Beneficiários
Segundo Petrucci, a nova linha de aquisição de imóveis visa beneficiar algumas pessoas que contribuem com o FGTS há pelo menos três anos, mas não podem usufruir de todos os seus benefícios.

Pelas regras atuais, as famílias com renda até R$ 4.900 podem financiar imóveis de até R$ 130 mil, no máximo, com juros de cerca de 8% ao ano. Quem ganha acima disso precisa pegar dinheiro pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação), cujos juros são de 12% a.a., ou ainda em uma modalidade mais cara.

"Hoje em dia, quem ganha R$ 4.901, por exemplo, e quer financiar um imóvel de R$ 80 mil usando o FGTS não pode", argumenta o diretor-executivo.

Fonte: InfoMoney


Aumentam saques do FGTS
Trabalhadores recorrem cada vez mais ao dinheiro da conta vinculada do Fundo de Garantia, na Caixa Econômica Federal, para financiar a casa própria.

Cresce o número de trabalhadores usando o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para financiar a casa própria. De janeiro a agosto, a Caixa Econômica Federal, responsável pela administração dos saldos, registrou 409.268 saques nas contas, totalizando a liberação de R$ 3,33 bilhões. No mesmo período do ano passado, 369.283 empregados sacaram o benefício para adquirir o imóvel, somando R$ 2,93 bilhões.

O aumento na procura foi superior a 10% e se justifica pela estabilidade econômica, que tem feito os juros caírem e melhorado a renda do trabalhador, mais confiante em assumir compromissos de longo prazo. Dados da Caixa revelaram que, no ano passado inteiro, 20 milhões de trabalhadores sacaram o Fundo de Garantia. O montante desembolsado das contas vinculadas chegou a R$ 30 bilhões.

A maior parte do saque foi feita por quem perdeu o emprego (67,2%), para compra do imóvel (14,6%) e aposentadorias (8,4%). O FGTS pode ser usado para compra à vista, parte do pagamento, abatimento de até 80% da prestação, quitação e amortização da dívida. Nesse caso, a dica é diminuir o tempo de contrato e manter o mesmo valor de prestação, se o mutuário tem como pagá-la. O interessado precisa comprovar que tem conta vinculada de no mínimo três anos.

Segundo o presidente do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio), Roberto Kauffmann, membro do Conselho Curador do FGTS, o número de saques só tende a aumentar. Ele lembra que, a partir de janeiro de 2008, os trabalhadores que optarem por financiamentos com recursos do Fundo de Garantia terão desconto de 0,5 ponto percentual na taxa de juros.

A redução valerá para unidades até R$ 130 mil. Na terça-feira, o Conselho Curador deverá aprovar uma nova linha de crédito para quem recebe acima de R$ 4.900, com juros de 8,66% ao ano, mais TR (Taxa Referencial).

É possível comprar um segundo imóvel

Quem tem cota de consórcio imobiliário não pode usar o FGTS para comprar outro imóvel. O dinheiro do fundo só pode ser usado para aquisição de um único imóvel na cidade onde mora ou trabalha. A exceção é para quem já comprou a moradia, mas foi transferido de região por causa do trabalho.

Nesse caso, depois de um ano morando na nova cidade, será possível usar o fundo para comprar outro imóvel. O tabelião Wilhami de Oliveira, do 22º Ofício de Notas, orienta que os interessados em usar o FGTS têm que optar por um imóvel regularizado: “É fundamental que todos os documentos sejam reunidos e o registro feito logo depois da compra para que a pessoa se torne de fato proprietária do imóvel. Essa é uma das exigências para usar o FGTS na operação”.

A gerente de vendas Patrícia Curvelo, 34, também recorreu ao dinheiro do fundo para complementar a compra de seu primeiro apartamento. “O dinheiro no fundo rende muito pouco e, à época, precisei usá-lo para sair do aluguel. Tenho certeza de que fiz um ótimo negócio”, lembra Patrícia. Ela vendeu o imóvel para adquirir um apartamento na Barra da Tijuca, mas também precisou de financiamento para completar o valor.

Parcela fica menor

Para usar o recurso do fundo, o trabalhador precisa se enquadrar nas regras definidas pelo Conselho Curador do FGTS. Dentre elas, não ser proprietário de imóvel e não ter restrição cadastral. O imóvel tem que estar dentro das exigências do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), não podendo custar mais de R$ 350 mil, e precisa ser regularizado e sem pendência financeira.

O sócio-diretor da Basimóvel, Alexandre Fonseca, lembra que o rendimento do FGTS é muito baixo (3% ao ano mais TR), ou seja, menos que 5% ao ano. “O trabalhador fica sem estímulo para manter o dinheiro na conta vinculada. O aumento no uso do recurso mostra que essas pessoas querem aproveitar o momento de juros baixos nos financiamentos imobiliários com a perspectiva de comprar um bem que vai valorizar muito mais do que se o dinheiro estivesse na conta do fundo”, explica Fonseca.

Quem usou o recurso para adquirir a primeira moradia foi a tradutora Regina Armada, 50 anos. Ela comprou um imóvel na Tijuca à vista, com o dinheiro do FGTS. Em 2002, Regina vendeu o apartamento que já valia quase o dobro. Ela usou o dinheiro da venda, mais o FGTS e o financiamento imobiliário para comprar um apartamento maior em Botafogo. Este ano ela descobriu que o FGTS também podia ser usado para amortizar a dívida. “Fiquei aliviada quando recebi o boleto para pagar e o Banco Real informou que podia usar fundo para abater o empréstimo. Procurei a instituição e minha prestação diminuiu de R$ 740 para R$ 280. Além disso, daqui a dois anos posso usar novamente o recurso e, pelas minhas contas, vou liquidar a dívida que foi feita para pagamento em 10 anos”, conta Regina.

Valor poderá ser ampliado

Para o presidente da Patrimóvel, Rubem Vasconcelos, o aumento no uso do FGTS para compra da moradia está diretamente ligado ao crescimento do mercado imobiliário. “Vamos fechar o ano com um avanço de 60% na comparação com o ano passado e os saques do FGTS para compra do imóvel também vão continuar crescendo”, prevê Vasconcelos.

Empresários do setor pedem mais facilidade no uso do FGTS e que o teto do valor do imóvel de R$ 350 mil seja ampliado. Desde 2005, que o Conselho Curador do FGTS não altera o valor.

Fonte: O Dia (Cristiane Campos)




Bancos terão de cortar taxa, dizem analistas
Para eles, um maior acesso da classe média a crédito imobiliário com recursos do FGTS elevará a concorrência entre instituições
Na opinião do sindicato das construtoras, mudanças só farão diferença no combate ao déficit habitacional se atingirem as classes C e D
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL -

As mudanças nas regras de uso do dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), na opinião de especialistas, elevam a competição e estimulam os bancos privados e públicos a concederem financiamento com taxas menores à classe média, que até então só tinha acesso ao dinheiro captado pela poupança -com juros maiores, hoje de 11% a 12% ao ano mais correção pela TR. Segundo eles, as medidas são novo fator a impulsionar o aquecimento do setor imobiliário, que vive o início de um boom.
Para Miguel Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade), apesar de adicionar ainda um volume pequeno de recursos, a medida aumenta a concorrência no crédito imobiliário. "Possibilita àquele que queria comprar um imóvel mais caro, mas não podia, ter acesso a um juro mais baixo. De alguma forma vai provocar um pouco a competição, porque Bradesco, Santander, HSBC e ABN, que estão entrando pesado no crédito habitacional, vão ter de oferecer, em algum momento, redução nas taxas de juros para competir."
Segundo Oliveira, não dá para dizer que a medida aumenta o acesso da Caixa Econômica à classe média. "Do ponto de vista da Caixa, não tem muita diferença. Como ela é grande captadora de poupança, já emprestava para a classe média, só que com um custo mais alto."
Como há hoje um "monopólio" da Caixa na administração do FGTS, os bancos públicos e privados também pleiteiam repassar recursos do fundo para financiar imóveis. Os bancos são todos habilitados, mas nenhuma instituição financeira ainda repassa esse dinheiro.

Restrições
Para a Abecip (associação das entidades de crédito imobiliário), a medida anunciada ontem "é vista com restrição", pois "poderá concorrer com os produtos que os bancos oferecem" pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) com recursos da poupança.
No SFH, que segue as linhas gerais da política habitacional brasileira, os bancos financiam aquisição de imóveis de até R$ 350 mil com juros que variam de 8% a 12% mais a correção pela TR, podendo o mutuário utilizar ou não recursos de sua conta no FGTS para fazer abatimentos. Nesse segmento, foram emprestados R$ 12,18 bilhões de janeiro a setembro deste ano com recursos da poupança, volume 81,03% superior ao do ano passado.
Esse montante permitiu a concessão de 135,3 mil financiamentos no ano. Já o FGTS concedeu empréstimos de R$ 5,199 bilhões para 202 mil mutuários no mesmo período.
Luiz Carlos Mendes Iglesias, responsável por produtos de crédito imobiliário do Banco Real, afirma que os juros do FGTS são menores do que os disponíveis hoje para a classe média, mas o volume de R$ 1 bilhão destinado a partir de 2008 ainda não tem capacidade de mexer com o mercado, que terá lançamentos da ordem de R$ 30 bilhões em 2008.
Para João Claudio Robusti, presidente do Sinduscon-SP, as mudanças são bem-vindas, mas só farão diferença no combate ao déficit habitacional quando atingir as classes C e D, que hoje concentram quase a totalidade do déficit habitacional, estimado em mais de 9 milhões de residências. "Queremos desenhar um modelo de habitação de interesse social, para imóveis de até R$ 50 mil e R$ 60 mil, que depende de articulação ampla, de desoneração fiscal e até subsídios."





Notícia - Facilidade de financiamento:
Compra para investimento vira estímulo
A facilidade no financiamento nos bancos é apontada pelos corretores e construtores como o principal motivo da procura por imóveis. A entrada de outras instituições financeiras na concorrência para abrir linhas de crédito para a compra da casa própria estimulou a briga por clientes com a Caixa Econômica Federal, que dominava esse mercado. Isso possibilitou novas opções de parcelamento e juros. Os construtores acharam isso ótimo. O crescimento começou mesmo no ano passado. Em comparação a 2005, o número de alvarás da Prefeitura para liberar construções residenciais aumentou quase 40%. Um salto que não se viu de 2004 para o ano seguinte.

O presidente de uma rede de imobiliárias de Joinville, Ayrton Luiz Piccolo, revela que esse cenário facilitou para que os imóveis fossem valorizados no mercado. A correria para a compra de um novo lar faz com que, depois de fechar o negócio, o morador tenha um bom rendimento nas mãos. “Investir em imóveis rende mais do que a poupança. Depois de pronto, um prédio valoriza 20%. Que banco que oferece esse rendimento?”, questiona.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil na região Norte (Sinduscon), Luiz Otávio Lobo, sugere a aquisição do imóvel na planta (ainda em projeto). A diferença do preço nessa fase comparada a ele já concluído chega a 20%, informa.

Os financiamentos

Caixa Econômica Federal
O consórcio imobiliário oferece carta de crédito entre R$ 25 mil e R$ 200 mil e prazos de 90 a 120 meses, conforme o valor do imóvel. A taxa de administração varia de 14% a 17% sobre o valor total. O cliente paga ainda fundo de reserva e seguro. É possível usar o FGTS para o lance. Também oferece financiamento de até 80% o valor de imóveis prontos com juros de 6% a 8,16% ao ano e prazo de até 30 anos com recursso do FGTS. Tem empréstimo para construção que pode chegar a 100%, dependendo do valor da obra e da renda bruta do cliente. Quem ganha acima de R$ 3,9 mil e tem outro imóvel residencial consegue financiamento, mas com recursos da poupança e taxas de juros mais elevadas.

Bradesco
Divide o plano de consórcio em até 144 meses. A taxa de administração é de 18% sobre o valor total. É possível usar o FGTS para ofertar lance ou complementar o valor do imóvel. Financia a compra de imóveis de até R$ 350 mil (limite emprestado é de R$ 245 mil) pelo sistema financeiro de habitação. Imóveis mais caros e comerciais são financiados pela carteira própria do banco sem uso de FGTS.

Real
Consórcio com créditos entre R$ 30 mil e R$ 400 mil e prazos de até 120 meses. A taxa de administração é de 17% sobre o valor da carta de crédito, mais 1% de adesão. O cliente paga também 2% de fundo de reserva mais seguro (cerca de 0,043% ao mês). Financia imóveis residenciais prontos em até 20 anos e com taxas anuais a partir de 9%. Tem planos próprios para compra e construção com empréstimo de até 100% o valor do bem.

Banco do Brasil
Não oferece consórcio e financia imóveis com recursos da poupança. As taxas variam de 10,49% a 12% ao ano, conforme o valor financiado. O empréstimo pode chegar a 80% do valor do imóvel, com prazo de pagamento de 20 anos para imóveis residenciais e 15 anos para comerciais.

Santander
Financia a casa própria pelo prazo de até 30 anos, com taxa mínima de 9% ao ano para imóveis de até R$ 120 mil.

Besc
A carteira para financiamento habitacional do Banco do Estado de Santa Catarina está desativada. O banco administra os contratos fechados até o início da década de 90, a maioria já com parcelamentos sendo finalizados. A direção do Besc pediu ao Banco Central para reativar a carteira, mas a autorização ainda não foi concedida.

Fonte: A Notícia - SC

terça-feira, 30 de outubro de 2007

As notícias de hoje, 30/10, são:

As notícias de hoje, 30/10, são:

Notícia - Rodobens e Santander:
- Registro - Rodobens e Santander

Notícias - Mercado de Crédito Imobiliário:
- A casa própria que cabe no orçamento

- Candidato à casa própria vive fase excelente

Notícia - Captação de recursos de poupança:
- Poupança amplia incentivo



Notícia - Rodobens e Santander:
Registro - Rodobens e Santander
30 de Outubro de 2007 - A Rodobens Negócios Imobiliários e o Banco Santander firmaram parceria para crédito imobiliário de 30 anos e juros 9% ao mês (+ TR) aos compradores de imóveis de até R$150 mil. O financiamento de 30 anos também será oferecido para imóveis acima de R$ 150 mil a juros de 10,45% ao mês (+TR) e, neste caso, valerá para financiar até 80% do valor total do imóvel.



Notícias - Mercado de Crédito Imobiliário:

A casa própria que cabe no orçamento

Patricia Knebel - Bastaram algumas medidas para que o setor da construção civil - que vinha se arrastando nos últimos anos - ganhasse um novo fôlego. Responsável por uma parte significativa da geração de empregos do País, o segmento vive o maior aumento da oferta de imóveis dos últimos 20 anos.
Os impulsionadores dessa nova realidade não são poucos: maior disponibilização de crédito no mercado, aumento da renda do trabalhador e dos prazos nos financiamentos pelas instituições financeiras, além de novos investimentos feitos pelas incorporadoras. O governo federal também está liberando mais recursos para as áreas de saneamento e habitação, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC), Paulo Safady Simão, destaca que esse setor é estratégico para o desenvolvimento de qualquer país, especialmente para as economias emergentes como a brasileira. Só isso já deveria ser motivo para comemoração. "Além de ser intensivo em mão-de-obra, gera renda, tributos e uma grande movimentação macroeconômica", aponta. A construção civil, isoladamente, responde por 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) total do País e 17,6% do PIB total da indústria.
Com incorporadores, agentes financiadores e compradores mais confiantes, a ordem é partir para novos projetos. "O setor imobiliário é um mercado de oportunidade e o momento é positivo. As empresas precisam agora tornarem-se mais competitivas", sugere o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Carlos Alberto Aita.
Um outro movimento contribui para o aumento da oferta. Estimuladas pelas mudanças no cenário econômico, incorporadoras do centro do País estão abrindo capital na bolsa de valores. O resultado disso é que existe cerca de R$ 14 milhões em dinheiro novo no mercado imobiliário, que antes contava apenas com as verbas do governo federal e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "São recursos que dão uma dinâmica diferenciada e inauguram um ciclo virtuoso para a construção civil", observa Aita.
Cerca de 20 empresas brasileiras abriram capital nos últimos anos, captaram os recursos e passaram a investir em terrenos. Para atender melhor aos mercados regionais, essas mesmas companhias aceleram a formação de parcerias com construtoras e incorporadoras locais, como aconteceu no Rio Grande do Sul nos últimos anos. Ao nacionalizar as suas operações, essas incorporadoras precisaram buscar agentes para agilizar a realização dos novos empreendimentos. O resultado é que, de acordo com o Sinduscon-RS, a velocidade de vendas, que no ano passado era de 3,5 em Porto Alegre, passou para 9. E esse índice acompanha o que vem acontecendo em todo Brasil.
A verdade é que o mercado financeiro está em alvoroço. No ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foram financiados no Brasil 113 mil imóveis. Até agosto desse ano, o número já era de 117 mil e a expectativa é chegar em dezembro com 180 mil. O volume movimentado deve ultrapassar os R$ 16 bilhões.

ABMM destaca riscos nos financiamentos
Oferecer maior flexibilidade de adaptação ao salário da população é o desafio que o Brasil tem a enfrentar quando o assunto é o financiamento da casa própria. Apesar de, nos últimos anos, as instituições financeiras terem conquistado o direito a ofertar uma pluralidade de produtos, questões que antes eram contempladas pelo extinto Banco Nacional da Habitação (BNH) nunca mais foram recuperadas. Entre elas está o princípio da equivalência salarial. "Seria importante que os financiamentos se adaptassem à renda das pessoas. Como isso não acontece, estamos criando uma legião de inadimplentes" afirma o economista e advogado da Associação Brasileira dos Moradores e Mutuários (ABMM), Heráclito de Freitas Valle Corrêa. Nesse caso, é importante que os consumidores analisem com cuidado as opções, e levem sempre em consideração a dinâmica do mercado e os riscos de uma eventual perda de renda.
O Banco Nacional da Habitação, criado em 1964, não operava diretamente com o público. A sua função básica era realizar operações de crédito e gerir o FGTS através dos bancos privados e públicos e de companhias habitacionais, de água e esgoto. A sua extinção, na década de 1980, repassou as suas atribuições para a Caixa Econômica Federal, Banco Central e Conselho Monetário.

Iniciativas para atender a demandas crescem
Também têm apresentado crescimento as iniciativas para atender a essa demanda diferenciada. O Santander está financiando a casa própria em até 30 anos, o maior prazo oferecido entre os bancos privados. As condições prevêem uma taxa de 9% ao ano para imóveis com valor de até R$ 120 mil. O Grupo Santander já concede crédito imobiliário com prazos longos em outros países nos quais atua e, com o cenário econômico favorável, resolveu trazer essa experiência para o mercado local. "Estamos tentando adequar o pagamento das prestações ao bolso do consumidor brasileiro", afirma o superintendente-adjunto imobiliário da instituição, Fernando Baumeier. Até alguns anos atrás, os prazos dados pelo mercado de uma forma geral eram de, no máximo, dez anos.
O Banco Fibra decidiu criar o TotalCasa, braço de crédito da instituição voltado exclusivamente ao setor imobiliário. Inicialmente, estão sendo ofertados sete produtos: residencial, comercial, lazer, construção e reforma, terreno, solução (com alienação fiduciária como garantia) e casa 110%, com financiamento de até 100% do segundo imóvel e de mais 10% dos gastos com decoração ou reforma.
A idéia é que a liberação do crédito seja em dez dias úteis, já que a emissão dos documentos será feita pela internet. As despesas com Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e registro da escritura do imóvel podem entrar no financiamento. O TotalCasa Residencial arca com até 80% do valor de imóveis que custam a partir de R$ 40 mil. Os prazos de pagamento variam de três a 25 anos, e o valor máximo do empréstimo é de R$ 500 mil. O público-alvo são famílias com renda mensal acima de R$ 2 mil.
Essa oferta ilustra ainda mais um fenômeno típico desse momento do segmento de imóveis do País, que é justamente a aplicação de recursos em praticamente todas as classes sociais, não ficando mais restritos para as elites e faixas médias. O crescimento da carteira de Varejo do Fibra, que totalizou R$ 415,3 milhões ao final do primeiro semestre de 2007, volume 137,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, impulsionou o novo investimento.
O Banrisul também está oferecendo maiores facilidades para o financiamento de imóveis. Os clientes da instituição terão acesso a taxas pré-fixadas, definidas na contratação da operação. O percentual de financiamento foi ampliado para até 100% do valor da residência para os funcionários públicos estaduais e municipais que possuem convênio consignado com o banco. A taxa de juros é a partir de 8% ao ano mais TR. A expectativa é que estas condições tragam um incremento na carteira de crédito imobiliário. Em 2007, já foram financiados pela instituição 1.528 imóveis num montante de R$ 115,9 milhões.

Aumento da renda estimula aquisição de patrimônio
Junto com uma maior oferta de crédito e a queda na taxa de juros, a melhoria na renda do trabalhador brasileiro tem sido um estímulo a mais para a retomada da construção civil no País. Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Região Metropolitana de Porto Alegre apontam que a massa de rendimentos - multiplicação do número de pessoas ocupadas pela renda média delas - teve uma elevação de 10,7% nos últimos 12 meses, com dados de julho. "Se aumenta a renda, melhoram as condições das pessoas fazerem reformas e melhorarem a sua moradia", afirma o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-RS) e coordenador da PED, Eduardo Miguel Schneider.
A PED da Região Metropolitana de Porto Alegre aponta que, nos 24 municípios pesquisados, o setor de construção civil foi o que mais cresceu em volume de postos de trabalho no primeiro semestre desse ano, na comparação com o mesmo período de 2006. A variação foi de 7,7%, passando de 78 mil para 84 mil ocupados. Agora, em outubro, esse número já deve superar os 87 mil. Só nos últimos 12 meses foram gerados 8 mil vagas na construção civil na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O diretor-regional da Rossi Residencial S.A, Gustavo Kosnitzer, confirma que o aumento da velocidade de vendas de imóveis, principalmente junto a um público que até alguns anos não tinha renda para adquirir imóveis, está trazendo novos negócios para o setor. "O alongamento nos prazos dos financiamentos e a queda dos juros estão contribuindo muito para essa expansão", relata.
A Rossi está sediada em São Paulo e, há nove anos, possui uma unidade no Rio Grande do Sul. Além disso, também tem parceria com construtoras locais, para projetos específicos. A empresa marca presença entre as três maiores do segmento no País. Atualmente, são oito canteiros de obras em Porto Alegre. Um deles fica no bairro Humaitá para o qual, em parceria com uma instituição financeira, são oferecidos juros de 9% e prazo de pagamento de 300 meses sem comprovação de renda. A faixa de público atingido é o com renda entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
Até pouco tempo atrás, os juros eram de aproximadamente 12% e um menor prazo para pagar. "Essas condições aliadas fazem com que a prestação caia pela metade e a casa própria, então, caiba no bolso de um maior número de pessoas", observa Kosnitzer. Com isso, os novos empreendimentos começam a atrair uma fatia maior da população, que, nessas condições, vê chances de investir em um imóvel próprio.
O diretor da Cia Lançamentos Imobiliários, Jorge Franca, destaca que, mesmo no caso dos projetos de médio e alto padrão, os prazos alongados de financiamento ajudam a estimular as vendas. A empresa faz a comercialização dos imóveis da AlphaVille. "Esse momento é muito positivo já que a maior oferta de crédito ajuda a lubrificar a máquina das vendas", explica Franca. De acordo com ele, isso acontece também na medida em que o perfil de clientes da empresa, mesmo que opte nesse momento por um imóvel mais sofisticado, geralmente precisa vender os seus atuais para adquirir novos.
A empresa possui dois projetos no Rio Grande do Sul, o AlphaVille Gravataí - para faixas de renda entre R$ 15 mil e R$ 20 mil - e AlphaVille Gramado. No primeiro semestre de 2008 deve ser lançado um em Caxias do Sul e, ainda, outro na Zona Sul de Porto Alegre.
Jornal do Comércio - RS, Pág Notícias






Candidato à casa própria vive fase excelente
Correio do Povo - RS, Pág Economia

Flavia Bemfica - O momento é excelente para a compra de imóvel, pelo menos no que diz respeito à oferta de crédito. O aquecimento do mercado, cuja retomada começou há cinco anos, é unanimidade entre representantes das instituições financeiras, que a cada dia lançam modalidades de financiamento, com o objetivo de atrair novas faixas de consumidores. A expansão ficou evidente há duas semanas, quando a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou números recordes registrados em setembro.
No mês passado, o volume de operações contratado pelos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) - que operam somente com recursos das cadernetas de poupança - atingiu R$ 1,85 bilhão,um crescimento de 136,89% em relação a setembro de 2006.No acumulado dos primeiros nove meses do ano, os financiamentos totalizaram R$ 12,18 bilhões, ou 81% a mais do que no mesmo período de2006. Em relação ao número de unidades, em setembro foram financiados 18.170 imóveis (106% a mais do que em setembro do último ano) e, no acumulado de 2007, 135.363 unidades (um crescimento de 64,99%). A captação líquida de recursos via poupança também foi recorde: os depósitos superaram os saques em mais de R$ 3,42 bilhões.
'Esperamos em outubro no mínimo repetir o R$ 1,85 bilhão de setembro. Se não houver qualquer crescimento no último trimestre em relação ao terceiro, o que é quase impossível, vamos fechar 2007com R$ 17 bilhões destinados a financiamentos, o que é, de fato, muito dinheiro', destaca o superintendente técnico da Abecip,José Pereira Gonçalves. Segundo ele, o bom momento se deve a uma conjunção de fatores que inclui estabilidade econômica e redução das taxas de juros, além da normatização da legislação para o setor, que fez com que as instituições financeiras flexibilizassem as condições de oferta.
'Não há um perfil consolidado dos consumidores que estão comprando seus imóveis,mas sabemos que os bancos emprestam cada vez mais para pessoas com menos renda', sentencia Gonçalves. Hoje, é possível contratar um financiamento para até 85% do valor do imóvel, acessar taxas de 8% ou 9% ao ano ou prazo de pagamento de até 30 anos. Para consumidores mais tradicionais, há bancos que oferecem taxas pré-fixadas,com prestações fixas por todo o período do financiamento.'Os bons números tendem a se manter porque o crédito imobiliário ainda vai crescer muito', projeta o presidente do Banrisul, Fernando Lemos.O banco, que possui o maior número de correntistas do Estado (3milhões), lançou novas linhas e, nas próximas semanas,disponibilizará financiamentos com prazos até 30 anos.



Notícia - Captação de recursos de poupança:

Poupança amplia incentivo

Caixa destinará mais recursos para setor habitacional em 2008 - A possibilidade de financiamento imobiliário a partir da captação dos recursos de poupança é, segundo o gerente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Roberto Zeni, um dos fatores que mais movimentam o mercado. A CEF, que abocanha a maior parcela dos financiamentos imobiliários realizados no país, até outubro de 2005 não operava com recursos oriundos de poupança, mas só com aqueles do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 'Com a mudança, a classe média passou a acessar as linhas, o que antes não era possível', garante Zeni.
'A configuração do sistema hoje permite que as prestações, que ficaram com valores muito parecidos e até inferiores aos preços dos aluguéis, caibam no orçamento de faixas de renda bem variadas', completa o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. A Caixa deve destinar a financiamentos imobiliários este ano R$ 14,3 bilhões, dos quais R$ 12,6 bilhões já foram investidos. Como o último trimestre em geral é de forte movimentação, Zeni diz que os valores podem ser superiores. Para 2008, a CEF sinaliza o incremento de R$ 145 bilhões que passarão pela instituição, com recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo R$ 106 bilhões destinados à habitação.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

As notícias de hoje, 24/10, são:

As notícias de hoje, 24/10, são:

Notícia - Crédito Consignado:
- Bancos preparam empréstimo para casa própria

Notícia - Financiamento para autonômos:
- É a vez dos autônomos

Notícia - Imóvel Popular:
- Imóvel popular atrai mais investimentos

Notícia - Economia e Crédito em 2008:
- Bancos prevêem crédito farto e economia estável em 2008


Notícia - Crédito Consignado:
Bancos preparam empréstimo para casa própria
Depois de baixar os juros e aumentar os prazos do financiamento imobiliário, os bancos começam a tirar do papel o tão esperado crédito consignado para a compra da casa própria. O Bradesco anunciou que o produto entrará em operação no ano que vem. As condições,entretanto, ainda não estão fechadas. O HSBC informou que estuda o lançamento da nova linha e o Banco Fibra, que vai começar a oferecer crédito imobiliário com desconto em folha no fim de novembro para servidores públicos, pretende, depois, ampliar o benefício para trabalhadores do setor privado.

A Caixa Econômica Federal

também não deve demorar a oferecer o empréstimo imobiliário com pagamento feito no contracheque. O banco mantém hoje essa linha por meio de convénios fechados com instituições e órgãos governamentais, como o Ministério do Planejamento e a Petros, o fundo de pensão dos petroleiros. Como o risco de inadimplênda é menor, as taxas de juros sãode meio a dois pontos percentuais mais baixas.

Banco do Brasil

Estava marcado para este mês, mas foi adiado para novembro, o lançamento das linhas de crédito habitacional próprias do Banco do Brasil. O projeto-piloto será iniciado em São Paulo e irá para outras praças em seguida.

Fonte: Extra (Danielle Abreu)


Notícia - Financiamento para autonômos:
É a vez dos autônomos
Bancos têm facilitado a liberação do financiamento para quem não tem holerite. Hoje, basta apresentar extratos bancários e comprovante do IR. Reunir extratos bancários e a última declaração do Imposto de Renda pode ser suficiente para o trabalhador autônomo conseguir comprovar renda e, desta forma, obter o financiamento da casa própria na maioria dos bancos. Com a ampliação do volume de crédito disponível e o aumento da segurança nos contratos, as instituições financeiras estão ampliando o leque de clientes em potencial e prometem reduzir ainda mais a lista de exigências para 2008.

Hoje, segundo o governo federal, há mais de 15 milhões de pessoas trabalhando por conta própria no País - o que representa quase 35% do total de trabalhadores brasileiros. Com um público tão grande e condições favoráveis, os bancos estão direcionando esforços para liberar financiamentos a essas pessoas.

A situação dos autônomos que buscavam dinheiro para comprar a casa própria começou a mudar principalmente a partir de 2004, quando o mercado entrou em um período de grande expansão. Segundo especialistas consultados pelo JT, enquanto o crédito ainda não era farto não era interessante para os bancos liberar financiamento para quem não tinha comprovação de renda. Agora, a situação mudou. “Na medida que a concorrência se acirrou, os bancos baixaram as exigências burocráticas e houve um avanço muito grande neste ano”, comemorou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-SP), João Cláudio Robusti. “Além disso, a própria segurança dos contratos ampliou o mercado: se o interessado não tem holerite mas é um bom pagador, por que não emprestar?”, ponderou.

Ontem, o JT ligou para o serviço de atendimento telefônico de diversos bancos e comprovou que, no geral, exige-se apenas a declaração do Imposto de Renda e extratos bancários - muda, no entanto, a quantidade desses papéis. Caso o autônomo tenha algum contrato de prestação de serviços, o documento também pode ser incluído na relação, para facilitar a análise da instituição financeira. Há alguns anos, a relação era bem maior: alguns agentes financeiros chegavam a exigir até mesmo recibos de aluguel e últimos carnês do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), para verificar a capacidade de pagamento do cliente.

O diretor de crédito imobiliário da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Mauro Costa, lembra que era comum exigir ainda uma Declaração de Comprovação de Rendimentos (Decore), fornecido pelo contador do autônomo. “Já faz cerca de dois ou três anos que os bancos passaram a aceitar esses trabalhadores no financiamento imobiliário. A tendência é que o acesso ao crédito habitacional fique cada vez mais simples.”

O Banco do Brasil é o único ainda a exigir a Decore.

Fonte: Jornal da Tarde (Rodrigo Gallo)


Notícia - Imóvel Popular:
Imóvel popular atrai mais investimentos
A Lopes, intermediadora de lançamentos imobiliários, anunciou ontem a criação da Habitcasa, uma unidade de negócios voltada para os setores popular e médio, com imóveis entre R$ 60 mil a R$ 180 mil. ?Os imóveis dessa faixa de valores responderam, nos últimos anos, por 50% das vendas realizadas pela Lopes?, diz o diretor de atendimento da Habitcasa, Maurício Scacchetti.

A princípio, as vendas devem se concentrar no Estado de São Paulo (50%), Rio de Janeiro, Estados do Sul (45%) e no Nordeste (5%). Segundo Scacchetti, os apartamentos comercializados pela Habitcasa devem ter entre 45 m² e 65 m², e seu público-alvo são os consumidores com renda familiar a partir de R$ 1,3 mil. Apesar do aumento de preço nos terrenos de São Paulo, Scacchetti afirma que será possível manter os preços acessíveis, ?principalmente por causa da competição entre as construtoras?.

No último ano, construtoras de grande porte no Brasil investiram nesse segmento, criando ou adquirindo empresas para trabalhar no segmento de imóveis econômicos. A Camargo Corrêa, por exemplo, comprou, por R$ 40 milhões, a HM Engenharia e Construtora, especializada no setor. A Cyrela e a Gafisa fizeram joint ventures com empresas menores para atender ao público de menor renda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão


Notícia - Economia e Crédito em 2008:
Bancos prevêem crédito farto e economia estável em 2008
Itaú, ABN Amro Real e Bradesco vêem com otimismo o cenário econômico brasileiro e o desempenho do crédito no ano que vem, mas antecipam um menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País e uma eventual desaceleração da economia norte-americana. Os bancos, porém, criticam o governo no que se refere a investimentos em infra-estrutura e dizem temer possíveis gargalos nas áreas de transporte e energia.

Para consultor de análise econômica do Itaú, Joel Bogdanski, o crédito deverá crescer 19% em 2008, em linha com as previsões da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). "Os empréstimos devem passar dos atuais 33% para 40% do Produto Interno Bruto (PIB)", diz. Caso o Itaú siga o mesmo ritmo, sua carteira deve somar R$ 133,6 bilhões, dada a projeção de fechar 2007 em R$ 112,32 bilhões. "O foco continuará sendo a pessoa física e as pequenas e médias empresas."

A economista-chefe do ABN Amro Real, Zeina Latif, acredita que o crédito continuará crescendo, mas não tão fortemente. "Se houvesse alta da inadimplência, ou se o mercado de trabalho piorasse, haveria contenção da oferta e demanda. Mas esse não é o cenário provável. A alta vai ser puxada principalmente pelo crédito imobiliário", analisa.

Já Octavio de Barros, diretor de pesquisas do Bradesco, os empréstimos continuarão em expansão até 2010. "Depois disso, vai depender da continuidade de queda dos juros", diz. O economista defende que a interrupção da queda da Selic - que deve, para ele, permanecer estável até abril de 2008 - ocorre justamente para preservar esse cenário. "Não interromper agora pode comprometer mais adiante". Para o Banco Real, a Selic ficará estável durante o ano de 2008 inteiro.

Já para o Itaú, a previsão é de uma inflação mais "benigna" no ano que vem. O banco estima ao final de 2007 inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,87% e, em 2008, em 3,70%. "O grande choque deste ano foi o problema agrícola. Os preços dos alimentos subiram no mundo inteiro", afirma Bogdanski. Já para o Real, a previsão é de IPCA em 4%. "Não imaginamos que os alimentos possam trazer alívio", diz Latif.

Devido à mesma pressão inflacionária, o Bradesco revisou a previsão do IPCA para 2008 de 4,11% para 4,30%, segundo o presidente da instituição, Márcio Cypriano. "O impacto da alta dos alimentos será percebido em maior escala somente em 2008", disse durante apresentação na Associação dos Analistas de Mercados de Capitais (Apimec).

Quanto ao dólar, o economista do Itaú prevê cotação em R$ 1,77 no final de 2008. "O saldo comercial, no entanto, será menor no ano que vem, em torno de US$ 36 bilhões, só que esse número já é suficiente para manter apreciação da taxa de câmbio", avalia. Para Bogdanski, as turbulências nos mercados vão continuar, e há possibilidade de desaceleração da economia norte-americana. "Os EUA devem crescer de 1,5% a 2% no ano que vem. Não é desastre, mas não é brilhante".

O Real espera estabilidade e o Bradesco, vê dólar a R$ 1,85.
Os bancos também antevêem menor crescimento da economia. A expectativa do Itaú é que o PIB cresça pouco acima de 4% em 2008, abaixo dos 4,7% previstos para este ano. "A economia cresceu aquém de sua potencialidade. Podia ter aproveitado o momento", diz Bogdanski. A economista do Real também projeta alta de 4% do PIB em 2008.

Santander
As perspectivas para 2008 também são positivas para o Santander após a aquisição das operações do Real no Brasil. "Temos dois grandes bancos no País, com histórias de sucesso e um potencial de crescimento espetacular. Nosso objetivo é nos tornar o maior e melhor grupo financeiro do País", afirmou Emílio Botín, presidente mundial do banco, durante visita ao Brasil no último fim de semana.

Fonte: Jornal DCI

terça-feira, 16 de outubro de 2007

As notícias de hoje, 16/10, são:

As notícias de hoje, 16/10, são:

Notícias - Crédito Imobiliário:
- Contestar parcela custa R$ 5.000

- Bancos diversificam captação imobiliária

- Novidades

Notícias - Caixa Econômica Federal:
- Parceria

- Justiça Federal obriga Caixa a devolver casa


Notícias - Crédito Imobiliário:
Contestar parcela custa R$ 5.000
A Ammesp (Associação de Mutuários e Moradores do Estado de São Paulo) divulgou nesta semana a primeira sentença judicial no Estado que permitiu a anulação da taxa administrativa cobrada pelos bancos no financiamento imobiliário. No entanto, não é de hoje que consumidores precisam recorrer à Justiça para conseguirem pagar um preço justo nas parcelas.

A primeira ação no País contra abusos no valor das prestações aconteceu em 1988, no Rio Grande do Sul, segundo Luciano Pinto Ramalho, representante comercial do escritório Christiane Leandro de Novais Advocacia, em São Bernardo. Além de ter de recorrer a terceiros para a resolução de correções que deveriam ser feitas diretamente nos bancos, ao procurar um advogado o consumidor precisa arcar com os custos da ação judicial. Na Ammesp é necessário pagar uma mensalidade à entidade de R$ 32 (até o caso ser resolvido), além do valor da ação, que custa de R$ 1.500 a R$ 3.500.

Em escritórios de advocacia da região, os preços variam de R$ 4.000 a R$ 5.000. Nesse caso, não é necessário o pagamento de taxas mensais. No escritório Cristiane Leandro de Novais sai por R$ 4.800, em média (a quantia também pode ser parcelada). "Temos ações contra a Caixa, Bradesco, Itaú, Santander e até de financiamentos direto das construtoras”, disse o representante comercial.

Custo-benefício - Cabe ao consumidor pesar na balança o custo benefício da operação. O mutuário Daniel Kespers de Jesus, de 29 anos, que venceu a ação que entrou em novembro do anos passado por meio da Ammesp, disse que vale a pena o investimento.
Ele teve de pagar R$ 1.500 da ação, mais 10% da perícia, além das mensalidades da entidade. “No entanto, agora vou pagar cerca de R$ 100 a menos nas parcelas, além de ter um abatimento de cerca de R$ 8.000 no saldo devedor. A redução pode chegar a 40% do valor das parcelas e advogados mais otimistas falam em até 60%.”

Isso porque, ao examinar o contrato, o advogado pode encontrar outros abusos além da cobrança da tarifa administrativa. “Às vezes, a taxa de juros está desproporcional. Existem aumentos que só podem ser feitos por equivalência salarial. Mas o acréscimo nas prestações é sempre maior do que o do salário”, explicou Pinto Ramalho, do escritório de São Bernardo. Lá, existem mais de 1.000 processos em andamento.

Desconto - No entanto, o mutuário terá primeiro de pagar o serviço para só depois da análise do perito saber o quanto poderá ganhar de desconto.

Fonte: Diário ABC (Gabriela Gasparin)


Bancos diversificam captação imobiliária
Fernando Travaglini - VALOR ECONÔMICO
A crescente demanda por crédito imobiliário começa a pressionar os bancos a ampliarem as fontes de recursos. O Banco Real realizou captação recente de R$ 86 milhões via Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI). O Itaú obteve um empréstimo de R$ 200 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), também para a habitação. Até linhas do BNDES estão sendo direcionadas para o setor.
Segundo o diretor do HSBC, Roberto Sampaio, esses repasses do BNDES para as construtoras estão entre as linhas que mais crescem. As aprovações do BNDES para o setor de construção já somam R$ 2,7 bilhões no ano até agosto, volume 133% superior ao mesmo do ano passado (R$ 1,2 bilhão). Em agosto, superaram até mesmo as concessões para empresas com recursos da poupança, R$ 832 milhões, contra R$ 774 milhões dos bancos.
Ele diz que há duas operações prestes a serem aprovadas de financiamento da construção de dois shoppings centers, uma de R$ 30 milhões e outra R$ 50 milhões, de repasse da linha BNDES FINEM, com um pool de bancos.
Os juros, cerca de 11%, são inferiores aos funding da poupança (aproximadamente 14%) e servem apenas para operações de imóveis comerciais. "Os recebíveis dos aluguéis dos lojistas servem muitas vezes como garantia", diz o executivo.
No início do ano, o banco de desenvolvimento havia divulgado que seis projetos de shopping em análise somavam cerca de R$ 500 milhões em investimentos. Em junho, o BNDES aprovou linha de R$ 74,3 milhões para a construção do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. No início do ano, aprovou o financiamento de R$ 46 milhões à Melton Administradora de Bens, para a obra do Palladium Shopping Center, em Curitiba. Em 2006, quando essas operações foram retomadas, o BNDES desembolsou R$ 241 milhões.
O repasse de BNDES Automático também tem sido muito usado para empreendimentos residenciais, completa Sampaio. "A diversificação na captação é uma tendência do mercado", avalia.
Ele lembra ainda o crescimento das operações com recursos livres. "O avanço é muito forte e não será a poupança que vai lastrear esse crescimento."
O volume de operações com recursos livres (não oriundos da poupança) crescem de forma acelerada. As concessões para operações prefixadas de cinco anos, até agosto, já atingiram R$ 860 milhões, segundo dados do Banco Central, 177% superior ao mesmo período do ano passado.
"Realizamos operações com recursos da tesouraria do banco", diz o executivo do HSBC. Ele ressalta que, devido ao prazo mais longo, são feitas operações de proteção com swaps.
O Itaú também já iniciou a diversificação por meio de captação no exterior. O diretor do Itaú, Luiz França, em entrevista quando do empréstimo do BID, disse que as fontes alternativas são importantes para atender aos clientes. "Este foi apenas um projeto piloto para aprendermos como buscar recursos lá fora."
Tradicionalmente, a principal fonte de recursos dos bancos para a concessão de financiamento imobiliário é a poupança. Há alguns anos, inclusive, o governo começou a exigir que 65% do total captado pela poupança fossem direcionados obrigatoriamente para este fim.
O instrumento mais usado no mundo para captar recursos é a emissão de títulos securitizados com lastro nos recebíveis do financiamento. "O ciclo do crédito imobiliário se fecha com a securitização", diz o diretor-executivo do Banco Real, Felix Cardamone.
No Brasil esse modelo ainda não decolou justamente pela exigibilidade do uso da poupança com funding. O volume de captação ainda é pequeno. Neste ano foram lançados pouco mais de R$ 800 milhões, inferior aos R$ 1,07 bilhão do ano passado. A falta de um mercado secundário de títulos privados também atrapalha a liquidez necessária para as emissões, explica Cardamone.
A captação via securitização de recebíveis, no entanto, deve ganhar força a partir de agora. Outros bancos já declararam a intenção de emitir, como a Caixa Econômica Federal, por exemplo. Além disso, muitos bancos de médio porte iniciaram operações de financiamento imobiliário e, por não terem captação de poupança, pretendem emitir títulos securitizados. Esse é o caso dos bancos Fibra e Daycoval e da Brazilian Finance & Real Estate.
O superintendente do Santander, Mauro Costa, também diz que estuda a securitização de parte da carteira. O banco acabou de adquirir o Real, único dos grandes a ter realizado esta operação no Brasil. O Santander é um dos maiores do mercado mundial de hipotecas, com uma carteira de US$ 262 bilhões.
A posição, no entanto, está longe de ser unanimidade. "O HSBC não pensa em usar securitização", ressalta Sampaio. O banco também não emite esses títulos no mercado inglês, mas fazia uso desses instrumentos nos Estados Unidos, onde teve problemas com a crise do mercado hipotecário daquele país.
O Bradesco também não pensa em diversificar por enquanto as fontes de recursos, concentrando o foco na poupança. "As operações com recursos livres ainda são pequenas", diz o diretor-executivo, Ademir Cossiello.
De fato, ainda há espaço para a poupança. Hoje, o saldo de operações para pessoas físicas com esses recursos está em R$ 40 bilhões, segundo dados do BC, enquanto os recursos disponíveis superam os R$ 160 bilhões.


Novidades
Difícil entender como será o procedimento. O ministro Mantega afirma que o mutuário passará a ser liberado para transferir a dívida de financiamento imobiliário entre bancos. Outra novidade é que haverá um seguro para obras e cadastro único de imóveis. Em funcionando, será realmente incentivo ao setor imobiliário.

Fonte: Correio Braziliense


Notícias - Caixa Econômica Federal:
Parceria
A mineira Celta Engenharia fechou parceria com a Caixa Econômica Federal para financiamento de imóveis. A CEF financia até 80% dos imóveis em empreendimentos da construtora. O próximo lançamento será o Saint Vivant Residence Club, que será construído no Recreio dos Bandeirantes, com projeto que prioriza a qualidade de vida e preservação da natureza.

Fonte: Gazeta Mercantil


Justiça Federal obriga Caixa a devolver casa
O Tribunal Regional Federal determinou à Caixa Econômica Federal (CEF) que devolva, em cinco dias, a contar de ontem, a posse de um imóvel e seu respectivo terreno ao mutuário do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) Osvaldo Alves de Souza Filho, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. Por causa de um atraso no pagamento das parcelas do financiamento, a CEF utilizou-se do decreto-lei 70/66 para promover a execução extrajudicial do débito. O decreto é do tempo da ditadura militar e não permite defesa, em contradição com a Constituição Federal. A advogada Valéria Rita de Mello, que representa Osvaldo, recorreu à Justiça Federal de Rio Preto, mas o juiz negou-lhe a tutela antecipada, ou seja, a antecipação de seu direito de permanecer proprietário do imóvel, mesmo antes de concluído o processo. Sem a liminar, a advogada entrou com um recurso chamado agravo de instrumento, para que ele pudesse permanecer na casa. A Justiça Federal demorou três meses para conceder-lhe a liminar. Nesse período, a CEF efetuou a venda extrajudicial do imóvel. Osvaldo ficou sem a casa.

Como se tratava de edícula, o comprador construiu novo imóvel no terreno. Agora, com a determinação da devolução da área ao antigo mutuário, o novo dono também terá de entrar com ação contra a CEF para ser ressarcido pela Caixa. O banco não é obrigado a devolver o mesmo imóvel. “Mas tem de ressarcir o valor equivalente ao do imóvel tomado”, explica a advogada. Osvaldo enfrentou dificuldades com o procedimento da CEF. Teve de morar improvisadamente em uma garagem apertada, com a mulher e dois filhos, até conseguir alugar uma casa, mesmo sendo proprietário da outra. Logo que obteve a liminar, a advogada Valéria de Mello requereu à Justiça, em 7 de novembro de 2006, que fosse cumprida a decisão. Não houve resposta. “Reiterei o pedido”, afirma Valéria, “e, onze meses depois, saiu este despacho determinando à CEF que cumpra a liminar e devolva o imóvel,sob pena de multa diária.”

Como se trata de liminar oriunda de recurso de agravo de instrumento, não cabe mais recurso. “A CEF tem de aguardar o prosseguimento da ação principal, mas tem cumprir a ordem em cinco dias”, diz Valéria. O prazo expira dia 15, segunda-feira. De acordo com a desembargadora federal Suzana Camargo, o uso do decreto-lei 70/66, “constitui-se verdadeira forma de expropriação de bens”. De acordo com ela, “no atual estado de direito, não é dado admitir uma execução promovida e conduzida pelo próprio credor, quando deveria ser conduzida por um julgador constitucionalmente investido na função.” A assessoria de imprensa da CEF disse ontem que o banco vai esgotar todos os recursos para fazer valer sua decisão.

Fonte: Diário Web

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

As notícias de hoje, 11/10, são:

As notícias de hoje, 11/10, são:

Notícias - EUA:
- Para S&P, crise não atingirá pico antes de 2009

- Mercados financeiros ainda estão frágeis, diz presidente do Fed de St Louis


Notícia - Greve Caixa Econômica:
- Greve na Caixa atrapalha financiamento imobiliário


Notícias - Mercado Imobiliário:
- Prestação da casa própria pode cair 40%

- R$ 9 bi à disposição



Notícias - EUA:
Para S&P, crise não atingirá pico antes de 2009
A crise do setor de crédito imobiliário de alto risco dos Estados Unidos não deve atingir um ápice antes de 2009 e o total de calotes pode alcançar US$ 150 bilhões. Apesar disso, o forte desempenho dos mercados emergentes sustentará o crescimento econômico global, afirmou a agência de classificação de risco Standard & Poor?s ontem. A S&P informou que prevê que a economia mundial crescerá 3,6% neste ano e 3,5% no próximo.

O crescimento norte-americano deve ficar para trás, a 2% em ambos os anos, uma taxa considerada pelo economista-chefe da agência como fraca. Em 2006, a expansão dos EUA foi de 2,9%. 'A expansão mundial continuará forte apesar da fraqueza vista na economia norte-americana, especialmente nos mercados emergentes, devido a uma demanda doméstica saudável e à força das exportações para o mercado fora dos EUA', disse a S&P em nota. 'O fato da desaceleração norte-americana estar concentrada no setor imobiliário ajuda.' 'Os mercados emergentes estão muito menos vulneráveis às turbulências nos mercados de crédito do que durante crises anterior porque os fluxos de capital atraídos por alto crescimento econômico está aliado a padrões melhorados de governança corporativa'. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Reuters)

Fonte: Gazeta Mercantil


Mercados financeiros ainda estão frágeis, diz presidente do Fed de St Louis
A economia americana não está entrando em recessão, mas os efeitos da crise no mercado de crédito imobiliário ainda se fazem sentir, avaliou o presidente da unidade de St Louis do Federal Reserve, William Poole. " Os mercados financeiros parecem estar se estabilizando, mas não retornaram ao normal e ainda estão frágeis " , disse ele, que é um dos diretores que votam na definição dos juros básicos dos Estados Unidos.

Para Poole, embora analistas tenham reduzido suas expectativas de crescimento econômico para os EUA, os dados recentes de nível de emprego - que apontaram geração de 110 mil empregos em setembro - não corroboram a tese de desaceleração. No entanto, em sua avaliação, o mercado imobiliário não vai se estabilizar antes de meados de 2008.

" Estamos em território desconhecido " , disse ele, sobre o cenário dos preços de imóveis. Além das turbulências no crédito habitacional, economistas prevêem que os valores dos imóveis vão cair, dada a maior dificuldade de obter financiamento para compra da casa própria.

Fonte: Valor Econômico




Notícia - Greve Caixa Econômica:
Greve na Caixa atrapalha financiamento imobiliário
A greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal, que já atinge 80% das agências em nível nacional, atrasa aqueles que buscam o banco para fazer operações de crédito, como financiamento imobiliário e outros pedidos de empréstimo, e para abrir a conta-corrente. A afirmação foi feita nesta terça-feira (9) pela assessoria de imprensa da instituição.

O motivo é que esses serviços são prestados exclusivamente pelos bancários - não podendo, portanto, serem substituídos pelas 9 mil lotéricas e 7,1 mil correspondentes Caixa Aqui de todo o País, além das redes de auto-atendimento das agências.

Prejuízo
A greve foi iniciada na última quarta-feira (3). A estatal ainda não possui um balanço a respeito dos prejuízos causados aos consumidores por conta da paralisação. De qualquer maneira, vale lembrar que apenas os saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para a compra da casa são de R$ 12,3 milhões ao dia.

Nesta terça o Comando Nacional dos Bancários devem divulgar decisão sobre as novas propostas apresentadas pela diretoria do banco. A expectativa é que a posição seja favorável ao retorno ao trabalho.

Fonte: InfoMoney (Adriele Marchesini)

Notícias - Mercado Imobiliário:
Prestação da casa própria pode cair 40%
Pelo menos 50 mil mutuários do Grande ABC que financiam imóveis pela tabela Sacre (Sistema de Amortização Constante) podem ter a redução de até 40% do valor das prestações por meio do cancelamento da tarifa de administração cobrada pelos bancos. A informação é da Ammesp (Associação de Mutuários e Moradores do Estado de São Paulo).

A Justiça do Estado determinou a retirada da taxa no contratos de um mutuário de Guarulhos, Daniel Kesper, 29 anos. Ele entrou com ação contra a Caixa Econômica Federal em novembro do ano passado. “De R$ 380 vai cair para R$ 280”, disse. A redução corresponde ao cancelamento da tarifa mais o desconto retroativo do total pago em sete anos. Ao todo, são 120 mil mutuários na região. No entanto, nem todos pagam a tarifa de administração. “A taxa nos financiamentos de casa própria é ilegal. Ela só pode ser cobrada em serviços bancários, como a conta corrente ou cartão de crédito”, disse o presidente da associação, Marcelo Donizetti.

Segundo Donizetti, o valor se incorpora às parcelas e não entra no sistema de amortização da dívida. “Com isso, o saldo devedor residual gerado torna-se quase igual à quantia que o mutuário já pagou em 20 anos”, disse. A Ammesp busca a retirada da taxa há três anos. Para conseguir o cancelamento, os mutuários precisam entrar com ação na Justiça. “Com a primeira sentença vencida, vai ficar mais fácil para outros consumidores conseguirem a redução.”

Tarifas chegam a R$ 24 mil em 20 anos

As tarifas de administração para financiamentos imobiliários variam de R$ 14,08 a R$ 30 ao mês, de acordo com levantamento feito pelo Diário com sete instituições financeiras. As taxas são fixas, independentemente da quantia financiada.

Assim, o valor da tarifa pode chegar a R$ 1.200 ao ano. Como financiamentos para casa própria costumam ser de 20 anos, em média, ao final desse período o mutuário terá pago ao banco R$ 24.000 apenas em tarifas de administração.

De acordo com o presidente da Ammesp (Associação de Moradores e Mutuários de São Paulo), Marcelo Donizetti, os valores podem ser bem maiores. “Temos reclamações de mutuários do Grande ABC que pagam R$ 115 de tarifa. A cobrança é ilegal, uma vez que fere o caráter social do sistema financeiro de habitação.”

Fonte: Diário do ABC

R$ 9 bi à disposição
Ainda há crédito para realizar o sonho da casa própria em 2007, mesmo faltando menos de três meses para o final do ano. Só entre recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estão disponíveis quase R$ 9 bilhões.

As duas fontes representam mais de 90% do dinheiro empregado no financiamento da casa própria, explica Mauro Costa, diretor do setor de Crédito Imobiliário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), de janeiro a agosto deste ano o volume de recursos da caderneta de poupança para financiamento da casa própria atingiu R$ 10,3 bilhões, crescimento de 73,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Estima-se que até o fim do ano o valor atinja R$ 16,5 bilhões - 77,4% mais que o emprestado em 2006. Costa informa que, no caso do FGTS, do orçamento de R$ 6,8 bilhões destinado ao financiamento imobiliário para 2007, ainda há R$ 2,8 bilhões disponíveis.

Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional das Empresas de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), recomenda usar os saldos de eventuais aplicações financeiras para um sinal razoável, que possa diminuir o valor financiado.

Os bancos têm diversas linhas de crédito específicas para a compra da casa própria, cujo prazo para pagamento pode chegar a 360 meses (veja quadro nesta página). As taxas de juros e o valor do financiado também variam. Roseli Hernandes, gerente-geral de locação e vendas da imobiliária Lello, aconselha que o interessado no crédito, antes de mais nada, realize simulações nos sites dos bancos para verificar se as prestações caberão dentro da renda do mutuário. “Lembre-se de que será uma nova despesa entre as demais do orçamento, que deve estar sempre equilibrado”, diz.

Além da questão financeira, outros fatores devem ser considerados na escolha do imóvel. Segundo Roseli, o comprador deve considerar variáveis como proximidade da família, do trabalho e a infra-estrutura da região.“Itens como segurança, trânsito e transporte coletivo contam muito”, diz.


Financie menos, pague menos - imóvel de R$ 100 mil

Financiamento em 20 anos: Se for sobre o valor total, ao final, o montante pago será de R$ 247.302,71

Se for um financiamento de 80% do imóvel (R$ 80 mil), ao final do prazo o montante pago será de R$ 197.842,17.

Economia de quase R$ 50 mil em relação à opção anterior

Se for um financiamento de 50% (R$ 50 mil) sobre o valor total, pagamento ao final será de R$ 123.651,35, uma economia de metade do valor em relação ao financiamento integral

Fonte: Jornal da Tarde

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

As notícias de hoje, 08/10, são:

As notícias de hoje, 08/10, são:

Notícias - Financiamento imobiliário:
- Governo permitirá troca de financiamento imobiliário

Notícia - 30 anos:
- Prazo maior para pagar casa própria

Notícias - Construção Civil:
- Governo vai estimular construção civil

- Registro - Estímulo à construção

Notícias - Explosão do crédito imobiliário:
- Bancos adaptam fórmula do varejo

- Boom imobiliário traz oportunidades para investidores

Notícia - Alienação fiduciária:
- Novas garantias para o mercado

Notícia - Bancos:
- Matone volta atenção para o crédito imobiliário

Notícia - FGTS:
- Aplicação do FGTS em ações já rendeu mais de 1.000%

Notícia - Financiamento imobiliário:
Governo permitirá troca de financiamento imobiliário
Mantega diz que adotará medida que libera mutuário para transferir dívida entre bancos. Objetivo é possibilitar busca por juros menores, afirma; outras mudanças incluirão seguro para as obras e cadastro único de imóveis.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou ontem três medidas que pretende adotar para tentar dar novo incentivo ao setor da construção civil. A uma platéia de mais de cem empresários do segmento, o ministro prometeu autorizar a portabilidade do crédito imobiliário, que permite ao mutuário transferir financiamento entre bancos em busca de juros mais baixos. Também citou a intenção de criar seguro para obras e empréstimos, além de cadastro único de imóveis.

Após desonerar diversos ramos da construção nos últimos anos, Mantega anunciou que o governo pretende manter o setor em alta com as novas medidas. Agora, a intenção é aprimorar o mercado, de forma a dar mais segurança às construtoras e aos mutuários e, ao mesmo tempo, permitir redução de custos e burocracia nas transações, disse ele.

A medida que deve ter o maior impacto é a chamada portabilidade do crédito imobiliário. Quando entrar em vigor, o mutuário terá a possibilidade de transferir a dívida entre diferentes bancos durante o pagamento do financiamento. Na avaliação do governo, isso vai incentivar que instituições disputem os clientes com a oferta de taxas de juros mais baixas.

A mudança está em estudo há mais de um ano na Fazenda. O próprio Mantega admite que implementar a novidade não é simples. "É um pouco mais complicado [que outras medidas já tomadas], mas está em estudo", disse aos empresários.
Um dos principais defensores da idéia era Júlio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica da Fazenda. Para ele, a medida aceleraria a queda das taxas de juros nesse tipo de empréstimo. A associação das entidades de crédito imobiliário classificou a medida como "saudável", mas ressaltou a necessidade de regras complementares (leia texto ao lado).

Riscos
A outra medida em estudo tenta reduzir os riscos durante a construção e o financiamento dos imóveis. Segundo o ministro da Fazenda, o governo quer criar seguros para as obras e empréstimos. "Isso reduziria os custos", disse. Atualmente, bancos já oferecem seguros nos financiamentos imobiliários. Mas a adoção da ferramenta é, legalmente, opcional.

Em vigor, a medida evitaria problemas como a da construtora Encol, que faliu nos anos 90 e deixou milhares de mutuários sem imóveis porque as obras não tinham seguro e, para que conseguissem concluí-las, compradores tiveram de assumir os custos.

Por fim, Mantega também citou a intenção de diminuir a burocracia do mercado imobiliário com a adoção de matrícula única para os imóveis. Com esse cadastro, o setor teria um registro nacional, como o Renavam para os automóveis.
Atualmente, as regras para o registro são amplas, e imóveis vizinhos, por exemplo, podem ser cadastrados em cartórios diferentes. O quadro atual dificulta o acompanhamento da situação legal dos imóveis, o que diminui a agilidade do mercado de compra e venda, disse.

A centralização dessa matrícula é um dos pedidos entregues ao ministro pelo Sinduscon-SP (Sindicato da Construção). O documento tem uma lista de dez sugestões ao governo, entre elas a criação de nova modalidade de crédito para habitação de baixa renda, ampliação das garantias nos empréstimos para imóveis populares e estímulo para a regularização de terrenos.

Fonte: Folha de São Paulo (Fernando Nakagawa)


Notícia - 30 anos:
Prazo maior para pagar casa própria
Os bancos privados ampliaram o prazo de financiamento imobiliário para até 30 anos. As novas medidas foram anunciadas depois que a Caixa Econômica Federal passou de 20 para 30 anos o período máximo do empréstimo de todos os seus contratos da casa própria. Como regra geral, até o fim do contrato, o interessado não pode ter mais de 75 anos. O prazo mais longo permite o acesso de um maior número de pessoas ao crédito imobiliário, mas, segundo especialistas, o financiamento por período mais curto traz menos riscos.

O Santander oferece a partir do dia 15 o maior prazo de financiamento imobiliário entre os bancos privados: 30 anos. O banco espera fechar este ano com o dobro do crédito liberado em 2006. Em 2006, o Santander concedeu R$ 1,5 bilhão em crédito, mesmo volume liberado apenas no primeiro semestre deste ano. O mercado imobiliário é uma das tacadas do banco para crescer no país.

O Bradesco ampliou o prazo de financiamento de 20 para 25 anos, com a meta de chegar a R$ 3bilhões em crédito imobiliário este ano. No primeiro trimestre, o Bradesco teve R$ 669 milhões contratados na carteira de crédito para a habitação. O Itaú estava operando desde o início deste ano com o prazo de 25 anos, informalmente. Mas a linha foi lançada oficialmente neste semestre.

O interessado deve observar bem as condições de pagamento antes de fechar o contrato. "Em prazo mais longo, a chance de se endividar é maior, pois mais juros vão ser pagos", afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste). Para ela, o valor menor da mensalidade é um atrativo para o consumidor conseguir fazer o financiamento. "Mas o ideal é que seja feita uma poupança e financiado o mínimo possível", observa Maria Inês.

Ariano Cavalcanti de Paula, presidente do Sindicato do Mercado Imobiliário e dos Condomínios de Minas Gerais e da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais, lembra que a tendência é de que a taxa de juros recuem. Os prazos mais longos, segundo ele, permitem acesso maior ao imóvel para quem não tem renda.

Estímulo - Enquanto o os bancos ampliam os prazos dos empréstimos habitacionais, o governo federal promete estudar novas medidas para estimular o setor da construção civil. Foi o que afirmou, ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele espera, com isso, elevar o crédito disponível para o setor imobiliário. A primeira é a portabilidade do crédito imobiliário. Um trabalhador com financiamento em um banco poderia transferir seu crédito para outra instituição financeira caso essa ofereça melhores condições. Outra ação em estudo é criar um seguro para a construção civil e o financiamento imobiliário com o objetivo de reduzir o custo dos financiamentos. A última medida é fazer a concentração da matrícula do imóvel. Hoje, quando se vende um imóvel, é preciso verificar em todos os cartórios se há alguma pendência.

Fonte: Diário de Pernambuco


Notícias - Construção Civil:
Governo vai estimular construção civil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o governo estuda uma série de medidas para estimular o setor da construção civil. Ele espera, com isso, elevar o crédito disponível para o setor imobiliário. "Nós temos as condições e o governo está disposto a tomar as medidas necessárias."

Em exposição no 79º Encontro Nacional da Indústria da Construção, o ministro citou três medidas em estudo pelo Ministério da Fazenda. A primeira é a portabilidade do crédito imobiliário. Um trabalhador com financiamento em um banco poderia transferir seu crédito para outra instituição financeira caso essa ofereça melhores condições. No entanto, Mantega afirmou que esse a concretização dessa medida é complexa.

Outra ação em estudo é criar um seguro para a construção civil e o financiamento imobiliário com o objetivo de reduzir o custo dos financiamentos. A última medida é fazer a concentração da matrícula do imóvel. Hoje, quando se vende um imóvel, é preciso verificar em todos os cartórios se há alguma pendência. O sistema é apelidado no setor de "Renavel", uma analogia ao Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavan).

Para o ministro, há hoje condições de elevar o crédito destinado ao financiamento imobiliário. No Brasil, ele é de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). No México, por exemplo, chega a 10%.

Mantega repetiu ainda que para a continuidade da expansão da economia é necessária a efetivação de algumas propostas do governo: reforma tributária, prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), desoneração da folha de pagamentos, controle do aumento dos gastos correntes e os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na infra-estrutura. "O Brasil em 2008 vai se transformar em um grande canteiro de obras", afirmou ele, assim como já havia prometido a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), João Claudio Robusti, entregou ao ministro um documento com as dez medidas que seriam necessárias, segundo a entidade, para estimular o setor da construção civil no Brasil: novas modalidades para o trabalhador que tem cotas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), estímulo ao mercado secundário e garantias para os financiamentos dados à baixa renda.

Das medidas em estudo pelo governo federal, a concentração da matrícula do imóvel também é defendida pelo Sinduscom-SP.

Fonte: Valor Econômico


Registro - Estímulo à construção
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem, em Brasília, durante palestra para empresários do setor de construção, que o governo federal estuda três medidas para impulsionar as vendas de imóveis: a redução do seguro para construção e financiamentos, o que diminuiria os custos do setor; redução da portabilidade do crédito imobiliário; e o fim da matrícula do imóvel, o que, segundo ele, diminuiria a burocracia. No momento em que anunciou as medidas em estudo pelo governo, o ministro arrancou aplausos da platéia até então sonolenta diante de uma aula sobre os rumos e a solidez da economia brasileira. Na palestra, Mantega garantiu que o Brasil entrou em uma trajetória de crescimento sustentável. E reforçou que o País está blindado contra crises financeiras internacionais e volatilidade cambial.

Fonte: Gazeta Mercantil


Notícia - Explosão do crédito imobiliário:
Bancos adaptam fórmula do varejo
A explosão do crédito imobiliário nos últimos três anos já começa a ter efeito nas estruturas do mercado. Com a abertura de capital das construtoras, a necessidade de recursos dessas empresas elevou fortemente a demanda por empréstimos nos bancos. Para ampliar mercado, os bancos começam a reforçar as parcerias como forma de garantir clientes.

Esse modelo de união dos bancos com as empresas do setor imobiliário se aproxima cada vez mais da estrutura adotada no varejo, diz o diretor-executivo do Banco Real, Felix Cardamone, em que os acordos permitem exclusividade na concessão de crédito para os clientes.

As construtoras precisam dos bancos para financiar as obras e os bancos ganham com o financiamento tanto da construção quanto dos imóveis para clientes que ficarão fidelizados por cerca de quinze anos, explica Cardamone. "O crédito também ajuda na venda dos imóveis", diz.

Hoje todos os grandes bancos operam usando essa fórmula. O HSBC, que há dez anos estruturou uma área para financiar apenas os empreendimentos, já iniciou operação com pessoas físicas e conta hoje com mais de 40 acordos. "Temos um vínculo muito forte com as construtoras", comemora o diretor do HSBC, Roberto Sampaio, citando a Cyrela, a Gafisa, a Rossi, a Tecnisa e a Tenda, entre outras.

Ele ressalta, no entanto, que o modelo de parcerias é o ideal para atuar nesse segmento, mas com acordos fechados por empreendimento. Ele explica que o mercado de financiamento imobiliário ainda está no início e os bancos não dispõem de produtos chamados de prateleira, ou seja, com estruturas fechadas tal como o crédito para veículo.

Além disso, os acordos ajudam os bancos a melhorar o atendimento ao cliente na hora de conceder os empréstimos. Isso porque as agências hoje não estão ainda totalmente preparadas para liberar este tipo de financiamento, um dos mais complexos.

Por isso, existe a necessidade de adequar as operações às peculiaridades da obra, como faixa de renda e prazo de financiamento. "Clientes de classe mais altas não querem empréstimos longos, então produtos de mais de 15 anos não agregam muito, por exemplo", explica Sampaio.

O superintendente do Santander, Mauro Costa, enfatiza que essas parcerias visam sempre a pessoa física. "As construtoras têm percebido que o papel de financiar é dos bancos".

O Unibanco também mantém parcerias com construtoras. Em alguns casos, o banco financia até 95% do valor do imóvel. Outro exemplo é o acordo com imobiliárias, como a Rodobens Negócios Imobiliários, desde 2004.

Apesar desse movimento, estima-se que cerca de 50% dos financiamentos das pessoas físicas ainda seja feitos pelas próprias construtoras e incorporadoras. O saldo de empréstimos concedidos pelos bancos superou os R$ 40 bilhões em agosto, segundo dados do Banco Central.

Segundo o diretor da construtora e incorporadora de imóveis Company, Luiz Rogélio, a explosão do setor só ocorreu por conta do acesso ao capital. "O crédito possibilitou que empresas médias mudassem de patamar", diz.

Segundo ele, um forte indicador desse avanço é o aumento do chamado VGV (valor geral de venda), que é o volume esperado de vendas com os lançamento previstos para o ano. Na Company, o VGV, em 2004, era de R$ 92 milhões. Neste ano, depois do IPO, pulou para R$ 1 bilhão.

O diretor do HSBC diz ainda que essa nova estrutura das empresas do setor exige um ciclo econômico menor. "As empresas fizeram IPO baseados numa expectativa de crescimento muito alta", afirma. Hoje existem 17 empresas com ações na bolsa e investidores (principalmente os estrangeiros) não vêem com bons olhos um ciclo de recebimento de quase cinco anos.

Fonte: Valor Econômico


Boom imobiliário traz oportunidades para investidores
O forte crescimento dos últimos meses, impulsionado pela queda nos juros – que também reduziu a atratividade da renda fixa –, renovou as oportunidades de investimentos em imóveis, tanto para as empresas quanto para os pequenos investidores. As construtoras não perderam tempo. Com o objetivo de captar recursos para novos empreendimentos, 12 companhias foram à Bolsa em 2007 e realizaram suas ofertas públicas iniciais (IPOs, em inglês). As operações renderam mais de 7 bilhões de reais às empresas e garantiram aos investidores retornos de até 80%.

Além de faturar com as ações ofertadas, os investidores podem aproveitar o aquecimento do mercado imobiliário para investir diretamente na compra e venda de imóveis. Algumas cidades do interior paulista, segundo estudos de consultorias e das próprias construtoras, apresentam grande potencial de crescimento - e podem ser boas opções no longo prazo.

A Tecnisa, por exemplo, aposta no sucesso de empreendimentos em São José dos Campos, Jundiaí, Sorocaba, Suzano e Mogi das Cruzes. "Cidades com crescimentos demográfico e de renda, aliados à baixa oferta de imóveis tendem a ter ótimas chances de valorização imobiliária", diz o diretor comercial da construtora, Douglas Duarte.

Campinas, Ribeirão Preto, Rio Preto, São Carlos, Sumaré, Itú e Bauru também são apontadas como cidades detentoras de um promissor mercado imobiliário. De acordo com o diretor de Expansão da Rossi Residencial, Fernando Nascimento, nesses municípios praticamente não houve investimentos destinados às classes média e média baixa nos últimos anos. "Há uma enorme demanda reprimida", afirma.

Mas, como em todo investimento, é preciso ter cautela na hora de aplicar os recursos. "É importante que o investidor não fique buscando a cidade da moda para investir. Imóvel é aplicação para anos e quem entrar no calor do momento vai acabar perdendo dinheiro", afirma Luiz Jurandir, gerente de investimentos da consultoria Mercer.

Lotes em locais muito afastados de centros urbanos e casas em regiões de veraneio, por exemplo, são apontados como grandes micos pelos especialistas. "As pessoas vêem aquelas propagandas na TV e acreditam que estão fazendo um ótimo negócio. Imóveis assim não servem para investimento. São apenas para uso pessoal", diz Jurandir.

Investir em imóveis significa aplicar os recursos com intenção de retorno futuro, seja por meio de aluguel ou na venda do bem. Por isso, bairros com muita oferta de imóveis devem ser evitados.

Ao buscar o imóvel, o investidor deve preferir regiões que possuam boa infra-estrutura – com escolas, hospitais, comércio, transporte –, e próximas a indústrias já instaladas ou em processo de implementação. Regiões nas quais já existam projetos de desenvolvimento para serem implementados também são indicadas como boas alternativas. "É possível buscar em jornais regionais e na prefeitura das cidades informações sobre os planos de desenvolvimento para a região. Para avaliar a evolução dos preços e o tempo médio para venda, basta acompanhar o histórico dos últimos negócios realizados", diz Jurandir.

Quem optar por comprar o imóvel ainda na planta assumirá um risco extra, mas também terá maior chance de retorno. De acordo com a Tecnisa, os imóveis comprados na planta apresentam valorização média de 20% até a data de entrega das chaves.

Já quem pensa em comprar um terreno contando com o interesse da construtora pelo local deve ter cuidado. Além de correr o risco de a empresa não realizar uma oferta, o investidor terá de arcar com tributos e os custos de registro, de oportunidade (já que deixará de investir em outro negócio para comprar o terreno) e de vigilância (para evitar uma ocupação indesejada).

Fonte: Revista Exame


Notícia - Alienação fiduciária:
Novas garantias para o mercado
Até pouco tempo, o mercado imobiliário tinha como principal forma de garantia das operações a hipoteca, considerada forma segura principalmente devido a sua natureza real, gravando o imóvel com o registro na respectiva matrícula e sendo oponível a qualquer terceiro. Com o passar do tempo, tal garantia perdeu muito de sua força e credibilidade, principalmente porque a execução judicial da garantia tornou-se extremamente lenta. De fato, após anos de disputa judicial, o imóvel dado em garantia é levado à praça para arrematação, sujeita a todos os embargos cabíveis; no final, o arrematante ou adjudicante ainda precisa, muitas vezes, enfrentar longo processo de reintegração de posse.

Com a Lei 9.514/97 veio a alienação fiduciária de bem imóvel em garantia, que nos primeiros anos foi muito estudada e pouco praticada, principalmente em virtude do receito dos agentes de mercado de que os tribunais considerassem as normas relativas ao leilão extrajudicial e à reintegração de posse com liminar, previstas em tal lei, como contrárias aos direitos dos consumidores. Aos poucos, tal instituto foi ficando mais conhecido do mercado e, por outro lado, a jurisprudência consolidou o entendimento de sua plena legalidade. Como conseqüência, a alienação fiduciária é hoje amplamente adotada nas negociações imobiliárias, constituindo-se mecanismo seguro de concessão de crédito, o que muito contribuiu para o desenvolvimento econômico do setor.

Entretanto, como resultado da transformação e aprimoramento legislativos pelos quais tem passado o direito imobiliário, foram expressamente admitidas por lei, além da alienação fiduciária, outras formas de garantia, como a cessão fiduciária e a caução de direitos creditórios decorrentes de contratos de alienação de imóveis e a caução de direitos aquisitivos de contratos de venda ou promessa de venda de imóveis. Tais garantias encontram-se tratadas nos artigos 17 a 21 da Lei 9.514/1997 e artigos 50 e 51 da Lei 10.031/04.

A cessão fiduciária e a caução de direitos creditórios são instrumentos conhecidos e praticados no setor financeiro e de securitização, mas pouco utilizados fora desses segmentos. A caução de direitos aquisitivos de imóveis, por sua vez, é operação praticamente desconhecida, mas que assim como as demais, pode servir como ferramenta na estruturação de operações imobiliárias, quando outras garantias não se encaixem ao caso ou não estejam disponíveis.

Por meio desta modalidade, o garantidor cauciona em favor do titular do crédito, os direitos decorrentes de sua condição de promissário comprador de um ou mais imóveis, servindo tais direitos aquisitivos de garantia da dívida. Na hipótese de eventual mora no pagamento do preço de aquisição do bem, pode o credor, inclusive, quitar as parcelas em aberto, incluindo-as, com os respectivos encargos, no valor da dívida, sem prejuízo de promover sua execução.

É importante ressaltar que a lei admite a caução de direitos aquisitivos de imóveis prontos ou em construção e o garantidor pode ser qualquer pessoa titular do direito, não necessariamente uma das partes no negócio em questão. Além disso, tal modalidade de garantia também pode, agora, ser averbada na matrícula do imóvel, dando ao credor a segurança necessária, típica das garantias reais.

Fonte: Gazeta Mercantil (Rodrigo Cury Bicalho)


Notícias - Concorrência:
Matone volta atenção para o crédito imobiliário
Sérgio Bueno - VALOR ECONÔMICO
Focado até agora na concessão de empréstimos consignados para servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de aposentados e pensionistas do INSS, o Banco Matone está ingressando no segmento de crédito imobiliário.
A instituição abre hoje a primeira loja especializada nessa modalidade com a bandeira "Plano A" em Porto Alegre. Os planos da instituição são de chegar ao fim do ano com dez pontos de venda, sendo oito nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro (quatro em cada uma).
O Banco Matone financiará a compra e a construção de imóveis residenciais e comerciais para pessoas físicas e jurídicas e, conforme o vice-presidente Ricardo Russowsky, a previsão é formar uma carteira de R$ 1,5 bilhão em crédito imobiliário em dois anos.
No mesmo período, os empréstimos consignados também deverão crescer dos atuais R$ 1,3 bilhão (sendo 80% em operações cedidas) para R$ 1,5 bilhão." Os financiamentos imobiliários serão o ativo com maior desenvolvimento do sistema bancário brasileiro daqui para a frente", acredita o executivo.
O banco vem trabalhando há seis meses para ingressar no novo nicho e neste período criou duas subsidiárias. Uma delas é a Plano A e outra é a Matone Securitizadora, que opera desde maio e será focada na compra e distribuição de recebíveis próprios e de terceiros, principalmente construtoras e incorporadoras. Os acionistas da instituição também fizeram um aporte de capital de R$ 100 milhões neste ano, elevando o patrimônio líquido para R$ 170 milhões.
Segundo Russowsky, o "funding" para as operações no novo segmento será constituído, além do capital próprio, com a colocação de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) em parceria com grandes bancos, principalmente o UBS Pactual e o ABN AMRO, duas instituições que já estruturam Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) em cima dos empréstimos consignados do Matone.
O diretor de marketing da instituição, Carlos Alberto Carvalho Filho, estima que o valor médio dos financiamentos imobiliários ficará na faixa de R$ 150 mil, com prazo de até 30 anos para pagamento, juros "competitivos" e sem a necessidade de contrapartidas dos clientes, como seguros e abertura de conta corrente. O limite dos créditos, equivalente a 80% do valor do imóvel, poderá ser ampliado mediante a apresentação de uma segunda garantia, sempre em regime de alienação fiduciária.
Em 2008 o banco pretende abrir mais 20 lojas da Plano A nas regiões Sul e Sudeste, basicamente nas capitais e no interior de São Paulo, e em Salvador, com investimentos médios estimados em R$ 180 mil por unidade.
No fim de 2004 a instituição chegou a ter 50 pontos da financeira "CrediMatone", que operava com empréstimos garantidos por cheques pré-datados mas foi vendida naquele ano para o HSBC. Hoje, para comercializar os empréstimos consignados, a instituição conta com uma rede formada por cerca de 500 correspondentes bancários.
Nos últimos meses, dois executivos do banco visitaram instituições especializadas na Espanha, em Portugal e também no México. "A península ibérica tem o melhor e mais rápido crédito imobiliário do mundo", disse Russowsky.
De acordo com ele, o Matone pretende se diferenciar no mercado com operações ágeis e descomplicadas. A intenção é aprovar os financiamentos em 24 horas, com liberação em no máximo 20 dias, desde que a documentação esteja em ordem.
Para acelerar o processo, os funcionários da Plano A também darão apoio aos clientes na obtenção dos documentos, explicou Russowsky. "Queremos ser os melhores do segmento", afirmou o vice-presidente. Com a nova operação, o número de empregados do banco gaúcho deverá passar dos 150 atuais para cerca de 250 até o fim de 2008.


Notícia - FGTS:
Aplicação do FGTS em ações já rendeu mais de 1.000%
O recorde de valorização alcançado pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta semana também se refletiu no bolso dos trabalhadores que aplicaram parte do seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em fundos de ações.

O melhor desses investimentos foi a aplicação nos fundos com ações da Companhia Vale do Rio Doce, um dos papéis que mais influenciam a alta da bolsa.

Segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) e da Caixa Econômica Federal, os fundos Vale do Rio Doce acumulam uma rentabilidade de cerca de 1.300% desde o seu lançamento, em março de 2002. Isso significa que quem investiu o valor mínimo de R$ 300 na época tem hoje R$ 4.200.

O valor é bem superior a uma aplicação em renda fixa, por exemplo, que acumulou nesse período uma valorização de 145% (juros pagos pelos títulos do governo indexados à taxa básica de juros), ou ao rendimento do FGTS normal, que foi de cerca de 40%.

No caso dos fundos Petrobras, a rentabilidade acumulada desde agosto de 2000 (data de lançamento da aplicação) foi de cerca de 900%, contra 216% da renda fixa e cerca de 50% no FGTS tradicional.

Saques

Os números da Anbid mostram que muitas pessoas aproveitaram a alta das ações nos últimos anos para tirar os recursos depositados nesses fundos. Somente nos últimos 12 meses, os saques somaram mais de R$ 1 bilhão, o que corresponde a cerca de 8% do patrimônio atual desses fundos.

Parte desse dinheiro foi sacado ou utilizado na compra da casa própria, dentro das regras do FGTS. Outro percentual, no entanto, simplesmente retornou para as contas individuais de cada trabalhador.

Segundo a Caixa, quem ainda possui dinheiro nesses fundos pode resgatar a aplicação a qualquer momento para que os recursos voltem ao fundo FGTS original, administrado pela Caixa. Mas não é possível sacar o dinheiro, exceto nos casos previstos nas regras do FGTS (como demissão sem justa causa ou aposentadoria).

Para o analista-chefe da corretora Planner, Ricardo Tadeu Martins, as pessoas que ainda estão com dinheiro nesses fundos devem mantê-lo aplicado, pois a perspectiva para as duas empresas é muito boa.

“É mais vantajoso deixar o dinheiro em Vale ou Petrobras do que voltar para o fundo com o rendimento de pouco mais de 3% ao ano”, diz Martins.

Hoje, não é mais possível utilizar o dinheiro do FGTS para fazer esse tipo de aplicação. Mas quem quiser investir nas ações das duas companhias com recursos próprios pode entrar em um fundo de ações Vale ou Petrobras (sem FGTS) ou comprar as ações diretamente na bolsa. As duas opções de aplicação estão disponíveis em vários bancos e corretoras.

Rendimento do FGTS

Ademir Figueiredo, coordenador de estudos e desenvolvimento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), diz que o resultado foi "muito bom" para os trabalhadores devido à qualidade das duas empresas.

Ele ressalva, no entanto, que uma possível mudança na política de remuneração para o fundo não deveria ficar restrita somente a novas oportunidades de investimento em renda variável.

“O rendimento do FGTS é muito baixo frente a outros investimentos e precisa ser rediscutido. Mas é preciso ter muito cuidado ao se abrir possibilidades para investimentos de risco”, diz Figueiredo.

Ele lembra que o dinheiro do FGTS também é utilizado a favor do trabalhador de outras maneiras, como no financiamento de casa própria das pessoas de baixa renda e em obras de saneamento básico.

Fonte: G1 Globo online (Eduardo Cucolo)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

As notícias de hoje, 04/10, são:

As notícias de hoje, 04/10, são:

Notícias - Setor imobiliário:

- Consórcio pode ser 6,82% mais barato do que financiamento

- Carlyle anuncia investimento no setor imobiliário

Notícia - Construção Civil:
- Ações de construtoras dão sinal de recuperação

Notícia - Consignado imobiliário:

- Daycoval lança CDC lojista e consignado imobiliário


Notícias - Setor imobiliário:
Consórcio pode ser 6,82% mais barato do que financiamento
O valor pago em um consórcio, para compra de um imóvel, pode ser 6,82% menor do que em um financiamento, segundo simulação realizada pelo economista Miguel de Oliveira, conselheiro da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

De acordo com os dados, na compra de um imóvel de R$ 100 mil em 10 anos, com sistema de amortização de financiamento (Sacre), o preço final pago no financiamento é de R$ 150.811,90, com juros de 8,16% por ano mais TR (Taxa Referencial), enquanto no consórcio é de R$ 140.519,68 somente com taxa de administração de 17,04% a.a e inflação de 4% a.a.

Quando levado em consideração o fundo de reserva, cobrado apenas em alguns consórcios, a diferença cai para 5,23%, com o valor final de R$ 142.920,93.

Na ponta do lápis
Para que você tenha noção de quanto pagará na primeira e última parcela nos três casos - financiamento, consórcio apenas com taxa de administração (1) e consórcio com taxa de administração e fundo de reservas (2) - veja abaixo a simulação feita pelo economista.

Financiamento
Primeira Prestação - R$ 1.514,18
Última Prestação - R$ 952,42
Total - R$ 150.811,90
Consórcio 1
Primeira Prestação - R$ 975,33
Última Prestação - R$ 1.388,21
Total - R$ 140.519,68
Consórcio 2
- R$ 992,00
- R$ 1.411,93
- R$ 142.920,93

Por qual optar?
Apesar do valor pago no financiamento ser maior do que no consórcio, o consumidor deve ter em mente quais são suas necessidades e condições financeiras antes de optar por um ou por outro.

A grande vantagem dos consórcios é que não embutem juros, mas precisa-se esperar para ser sorteado para receber o imóvel. No caso do financiamento, o bem é adquirido logo quando se começa a pagar as parcelas, mas o valor final pode sair mais caro.

Fonte: InfoMoney



Carlyle anuncia investimento no setor imobiliário
O Carlyle Group - maior fundo de private equity do planeta em volume de investimento - anunciou ontem seu primeiro negócio no mercado imobiliário brasileiro, uma parceria com a Scopel - especializada em loteamentos no Estado de São Paulo. Sem revelar o valor da transação, a participação adquirida e nem o quanto pretende investir na empresa, o Carlyle aposta na habitação popular para iniciar suas atividades na América Latina.

De acordo com o diretor-geral do fundo para a região, Eduardo Machado, a Scopel possui características que estão no centro da meta dos investimentos do Carlyle. São elas: atuação no segmento residencial e, principalmente, eficiência nas classes média baixa e popular. "Pretendemos seguir o modelo de negócio da Scopel, mas em maior escala. Algo como 'fazer mais do mesmo'", declara o executivo.

Conforme as informações divulgadas, "a Scopel passa a ter um valor avaliado em mais de R$ 250 milhões". O Valor Geral de Vendas (VGV) contratado para os próximos 24 meses é de R$ 2,2 bilhões. Segundo Eduardo Scopel, diretor da empresa de loteamentos, cerca de 50% do VGV é referente a terrenos populares, que custam de R$ 30 mil a R$ 40 mil. O restante é dividido entre classe média baixa e classe média. No total, são 47 lançamentos previstos para o período.

A partir dos investimentos realizados pelo Carlyle, a Scopel pretende expandir sua atuação para fora de São Paulo. Mais uma vez os executivos negaram-se a dar maiores informações.

Em relação aos planos do Carlyle, Machado explicou que o foco não é investir em empresas e sim em projetos específicos. "Começamos pela exceção, pois os investimentos serão mais destinados aos projetos. Podem ser shoppings, empreendimentos comerciais ou residenciais", diz. Além do Brasil, o fundo americano possui um escritório no México. "Quase 90% dos nossos investimentos serão aqui e no México. O restante fica com América Central e alguma parcela no Chile", finaliza.

Fonte: Valor Econõmico


Notícia - Construção Civil:
Ações de construtoras dão sinal de recuperação
O preço das ações das principais empresas norte-americanas de construção residencial listadas em bolsa registrou alta ontem pelo segundo dia consecutivo, pois os investidores apostam que os papéis começam a se recuperar depois de meses de queda livre.
A recuperação, que viu a maioria dos papéis das maiores construtoras avançar de 3% a 7%, ocorre apesar de o relatório do governo mostrar fraca oferta de vendas de residências.

Achatado pelo aperto do setor de crédito imobiliário, o parâmetro das vendas futuras de casas caiu ainda mais em agosto, chegando ao seu patamar mais baixo em mais de seis anos, informou ontem um grupo do setor imobiliário.

Ontem, a valorização das ações pode ter ocorrido porque os investidores acreditam que a situação não pode mais piorar.
As ações das construtoras do segmento residencial foram bastante atingidas este ano, enquanto as condições do mercado da habitação continuaram se agravando, e o endurecimento das normas de empréstimo, decorrente do aperto do crédito imobiliário, tornaram mais difícil conseguir hipotecas.
Além disso, as construtoras estão tomando grandes encargos de depreciação por abaterem o valor dos terrenos em seus livros contábeis.
"O volume de atividade que podemos ver atualmente é inferior aos fundamentos sustentados do mercado, porque algumas pessoas com capacidade de crédito tentam adquirir casas, mas não conseguem por causa do aperto do crédito", informou Lawrence Yun, principal economista da Associação Nacional das Corretoras de Imóveis (NAR).
Entre as construtoras com bom desempenho nas bolsas, destacam-se a Pulte Hoke, que recentemente teve valorização de 5,7%; a Centex, que subiu 3,3%; a Lennar, 6,6%; a D.R. Horton, 6,6% e a Standard Pacific, 10,7%.

Vendas pendentes

O combalido setor imobiliário residencial enfrentou outro golpe ontem, quando um grupo da área anunciou que uma escala de vendas pendentes de residências desabou para o nível mais baixo de todos os tempos, à medida que o arrocho no crédito impede as compras.
O índice da NAR para as vendas pendentes de residências usadas decresceu a uma taxa anual sazonal ajustada de 6,5% para 85,5% em agosto, frente a 91,4% em julho, informou o grupo. O índice de agosto alcançou seu ponto mais baixo desde que o rastreamento começou em janeiro de 2001. A baixa anterior foi de 89,8 em setembro de 2001.
Yun disse que o mercado hipotecário problemático afetou as vendas. "Poucos contratos foram redigidos, devido aos problemas hipotecários, e uma pesquisa interna separada de nossos membros demonstra que mais de 10% dos contratos de vendas recuaram até o último minuto em agosto, basicamente como resultado do cancelamento dos empréstimos", explicou o economista.

Fonte: Gazeta Mercantil


Notícia - Consignado imobiliário:
Daycoval lança CDC lojista e consignado imobiliário
Maria Christina Carvalho - VALOR ECONÔMICO
O Banco Daycoval vai oferecer aos clientes o consignado imobiliário (crédito imobiliário garantido pelo fluxo de salários) e CDC lojista. O anúncio foi feito, ontem, pelo banco em sua primeira reunião com a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).
O Daycoval fez sua oferta pública de ações em junho (IPO, na sigla em inglês), captando R$ 1,1 bilhão com a oferta de 64,2 milhões de ações preferenciais com 100% de tag along. Com a operação, 29% do capital ficou no mercado.
A oferta de consignado imobiliário e do CDC lojista faz parte da estratégia de crescimento do banco e do aumento das operações para pessoas físicas.
Mas isso não significa uma mudança de foco, ressaltou o diretor Carlos Dayan. Fundado em 1989, o Daycoval, continua voltado para o crédito para pequenas e médias empresas ("middle market").
Pretende, no entanto, aumentar o crédito de varejo dentro da carteira total dos atuais 19% para 25%, com novos produtos. Está expandindo também o financiamento de veículos.
A carteira de crédito total do Daycoval cresceu 79% nos doze meses terminados em junho para R$ 2,183 bilhões. As operações de middle market cresceram 69% para R$ 1,669 bilhão; e o consignado, 94% para R$ 305 milhões. Dayan notou que essas taxas superam a expansão média do mercado de crédito, pouco acima de 20%.
A principal dúvida dos analistas era como o Daycoval vai manter os elevados índices de retorno depois que o patrimônio foi triplicado pelo IPO, de R$ 438 milhões para R$ 1,451 bilhão. Nos últimos três trimestre, o banco teve um retorno sobre o patrimônio acima de 40%. Sem o efeito do IPO, o lucro líquido do primeiro semestre foi recorde, de R$ 110 milhões. Excluindo as despesas com a operação, ficou em R$ 87 milhões. A direção do banco admitiu que o retorno vai cair, mas ficará acima dos 20% médios do mercado. As ações do banco caíram 4,89% ontem para R$ 17,31, pouco acima dos R$ 17 do IPO.