segunda-feira, 5 de novembro de 2007

As notícias de hoje, 05/11, são:

As notícias de hoje, 05/11, são:

Notícias - EUA:
- Fed faz novo corte no juro e taxa cai para 4,5%

- Aqui, a crise não chegou


Notícias - FGTS:
- Financiamento imobiliário vai ficar mais barato

- Para o conselho curador do FGTS


Notícias - EUA:
Fed faz novo corte no juro e taxa cai para 4,5%
O Federal Reserve (Fed, o BC americano) manteve a orientação do mês passado e reduziu sua taxa de juros em mais 0,25 ponto percentual, para 4,5% ao ano. O banco mais uma vez agiu para evitar que a crise imobiliária no país - agravada a partir de agosto pela crise no mercado de hipotecas de risco - ultrapasse o limite do setor financeiro e atinja a economia como um todo. Se os efeitos chegaram à economia real, no terceiro trimestre, ao menos, isso não ficou tão evidente: o Departamento do Comércio informou ontem - em caráter preliminar - que o Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 3,9% entre julho e setembro (dado anualizado), acima dos 3,8% entre abril e junho.

Segundo o comunicado do Fed que acompanhou a decisão, o corte de 0,25 ponto, combinado à redução de 0,5 ponto determinada em setembro, deve "ajudar a evitar alguns dos efeitos adversos que a crise recente nos mercados financeiros" pode provocar na economia real. O comitê de política monetária do BC americano acrescentou que, depois desta ação, os riscos de aumento da inflação "a grosso modo se equilibram" com os riscos de diminuição do crescimento econômico.

A determinação de baixar novamente o juro básico, diz a nota, também visa "promover o crescimento econômico moderado" ao longo do tempo. A decisão, porém, não foi unânime. O diretor Thomas M. Hoenig votou por manter o juro inalterado. No presente momento, o Fed ainda vê desequilíbrios na equação que balanceia crescimento econômico e estabilidade de preços. Para a autoridade monetária americana, embora o crescimento econômico tenha sido sólido no terceiro trimestre e a tensão no mercado financeiro tenha se amenizado, "o ritmo da expansão deve se desacelerar no curto prazo, em parte refletindo a intensificação dos ajustes no setor imobiliário residencial " .

Ao decidir diminuir o juro para lidar com esse risco, o Fed não abandonou as preocupações com a inflação. Conforme o comunicado, as leituras dos núcleos dos índices de preços melhoraram modestamente neste ano, mas o repique das cotações de petróleo e commodities pode trazer novas pressões para a inflação. "Nesse contexto, o comitê acredita que alguns riscos para a inflação persistem e vai continuar a monitorar os desdobramentos da inflação cuidadosamente " , assegura o texto.

Assim como no mês passado, o Fed encerra seu comunicado com a garantia de que o comitê "vai continuar a analisar os efeitos destes e de outros acontecimentos nos prognósticos econômicos e agirá como necessário para encorajar a estabilidade de preços e o crescimento sustentado " .

Os números preliminares do PIB americano divulgados ontem mostram que os gastos dos consumidores contribuíram com 2,11 pontos percentuais para o resultado no terceiro trimestre, ante contribuição de 1 ponto percentual no segundo trimestre. O crescimento dos gastos com bens duráveis (com durabilidade prevista de ao menos três anos) foi de 4,4%, em comparação ao 1,7% no trimestre anterior; já os gastos com bens não-duráveis (como alimentos e vestuário) cresceram 2,7%.

Os movimentos nos índices de inflação, se não chamaram a atenção do Fed nesta reunião, podem voltar a assumir o centro das atenções na reunião programada para 11 de dezembro (a última do ano). O Departamento de Comércio informou que o núcleo do índice de inflação atrelado à leitura do PIB subiu 1,8% entre julho e setembro, ante alta de 1,4% no trimestre imediatamente anterior. O banco considera adequado uma taxa de 2%.

No mês passado, os preços ao consumidor tiveram a maior alta desde maio, subindo 0,3% - superou as previsões, que eram de alta de 0,2% (o núcleo da inflação, no entanto, subiu 0,2%, em linha com o esperado por economistas e investidores). Os preços da energia devem ganhar força: com a proximidade do inverno no Hemisfério Norte, o consumo de combustível para calefação cresce de modo significativo, o que pode sinalizar maior pressão sobre os estoques de petróleo do país - os preços do produto subiram 0,9% em setembro.

Fonte: Valor Econômico





Aqui, a crise não chegou
Estouro da bolha, crise no crédito imobiliário subprime e queda da bolsa de valores são problemas que não preocupam um setor muito específico do mercado imobiliário americano: o das casas de mais de 100 milhões de dólares. A bem da verdade, falar em casas é insuficiente para fazer justiça aos colossos de luxo e requinte que se erguem nas colinas de Beverly Hills, nas praias da Flórida ou nas montanhas do Colorado. Os mimos que acompanham essas propriedades podem incluir 14 lareiras em ambientes variados, garagem para 16 veículos, campo de golfe particular e uma escadaria idêntica à do malfadado transatlântico Titanic. Neste ano, estão sendo vendidas nos Estados Unidos as casas mais caras da história. Dezenas de corretores correm pela honra de superar a barreira dos 103 milhões de dólares -- valor da residência mais cara já vendida no país.

A líder em cifras nessa corrida de mansões é uma propriedade em Beverly Hills, na Califórnia, que já serviu de locação para filmagens de superproduções de Hollywood, como O Poderoso Chefão e O Guarda-Costas. A casa, que está no mercado há dois meses, por 165 milhões de dólares, também é famosa por ter hospedado o ex-presidente americano John Kennedy e sua mulher, Jackeline Kennedy, durante sua lua-de-mel. Construída em 1926, ela tem quase 7 000 metros quadrados de área útil e está dentro de uma propriedade do tamanho de cinco campos de futebol. São 29 quartos, 40 banheiros, um estúdio de arte e uma casa de hóspedes anexa, que podem ser visitados apenas por clientes pré-qualificados. Segundo o corretor Stephen Shapiro, responsável pela venda da mansão, a estratégia para atrair compradores é usar a abordagem indire ta. "Fazemos um trabalho de relações públicas com nossos contatos mais influentes, soltamos releases de imprensa e esperamos que os clientes nos procurem", diz ele. Se o potencial comprador for uma
pessoa famosa, qualifica-se automaticamente para a visita. Mas, se for um desconhecido, Shapiro usa a internet para buscar referências. Vale até fuçar relatórios enviados à Securities and Exchange Comission em busca daqueles que ganharam planos de opções de ações de suas empresas. "Se não acharmos nada sobre essa pessoa ou sua empresa, já excluímos da qualificação", afirma o corretor. Até agora, cinco clientes -- cuja identidade é confidencial -- mostraram real interesse na propriedade.

Fonte: Revista Exame



Notícias - FGTS:
Financiamento imobiliário vai ficar mais barato
Os especialistas no mercado imobiliário acreditam que a nova linha de financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sem limite de renda vai causar uma queda nos juros gerais cobrados pelos bancos privados. Apesar do montante de recursos reservados para a nova linha ser pequeno em relação à demanda esperada, o público-alvo dela faz parte do foco das instituições privadas.
“A classe média é o principal cliente dos bancos privados”, explica o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, João Teodoro da Silva.

Os recursos da nova linha somam R$ 1 bilhão para o próximo ano. Esse dinheiro é reservado para todo o País e o máximo emprestado para cada contrato é de R$ 245 mil. “Se o valor emprestado for o máximo, R$ 1 bilhão vai servir para cerca de quatro mil contratos. A demanda vai ser bem maior”, prevê o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro.

Ainda assim, Ribeiro acredita que os bancos privados vão rever a taxa de juros para não perderem clientes. “A procura vai ser grande pela nova linha, porque todo mundo quer pagar menos juros”, completa. Ribeiro informa que o Conselho Curador do FGTS deve rever a quantia reservada para o próximo ano se a demanda for grande.

Regras

A nova linha com recursos do FGTS foi divulgada, há dois dias, e serve para a compra de imóveis que tenham um valor de avaliação de até R$ 350 mil. Os juros vão ser de 8,66% ao ano mais Taxa Referencial (TR). Nos bancos privados pesquisados (ver quadro) pela reportagem do Jornal do Commercio, as taxas de juros para financiar imóveis entre R$ 120 mil e R$ 350 mil variam de 10,9% a 12%.

“Os clientes que estão querendo fazer um financiamento habitacional devem esperar até o próximo ano. Eles tanto vão poder aproveitar a nova linha quanto os novos juros dos bancos privados”, aconselha Ribeiro.

Hoje, as linhas com recursos do FGTS limitam a renda do cliente a R$ 4,9 mil nas maiores regiões metropolitanas do Brasil e a R$ 3,9 mil no Grande Recife.

Fonte: Jornal do Commercio - PE



Para o conselho curador do FGTS
Que facilitou a compra de imóveis para a classe média. Agora, quem tem renda mensal acima de R$ 4.900, pode optar pela nova linha de crédito, que representa uma economia de quase 20%.

Fonte: O Dia (Jan Theophilo)

Nenhum comentário: