sexta-feira, 22 de agosto de 2008

As notícias de hoje: 23/08/2008

As notícias de hoje:

Espalha-se o boom de imóveis
Mudanças nas leis e na economia impulsionaram o crescimento do setor imobiliário
Verba para financiar imóveis
Shopping’ da casa própria tem planta personalizada e visita a apartamento
Incertezas dificultam Freddie Mac a conseguir novas fontes de capital, aponta jornal
Salão do Imóvel abre com 25 mil unidades
Déficit é de 14,2 mil moradias
Caixa apresenta resultados na região do Vale do Paraíba

Espalha-se o boom de imóveis
Com o aumento da renda e do emprego formal, aliado à oferta maciça de crédito, o boom imobiliário já registrado nos bairros das capitais onde há boa oferta de serviços públicos se espalha agora para a periferia das metrópoles e para outras cidades do interior onde é mais forte o ritmo de desenvolvimento econômico. Como mostrou reportagem de Rodrigo Brancatelli, publicada no Estado de domingo, núcleos como Águas Claras, no Distrito Federal, a 10 km de Brasília; a capital de Rondônia, Porto Velho; o município de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte; a capital do Tocantins, Palmas; e Vila Velha, Serra e Cariacica, na região metropolitana de Vitória, vivem uma fase sem precedentes de crescimento imobiliário.

Águas Claras, com 60 mil habitantes e 400 novos edifícios prontos, tem outros 120 em construção. Em Porto Velho estão sendo construídos três prédios para cada edifício novo já pronto e implantados dois shopping centers. Nova Lima, com apenas 70 mil habitantes, tem hoje 34 loteamentos prontos e 7 em construção, destinados à classe média alta e abriga um número crescente de edifícios comerciais, para atender às 1.700 empresas que se instalaram na cidade. Em Palmas, o crescimento demográfico de 156,5% em uma década, um dos maiores do País, aliado à criação de empregos públicos e de cursos universitários explicam o lançamento de dezenas de edifícios para abrigar os novos moradores. No Espírito Santo, tanto na capital como em Vila Velha, Serra e Cariacica, na região metropolitana de Vitória, 353 empreendimentos estão em construção, com 23.081 unidades habitacionais, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil. Em Goiânia e Natal, a oferta de imóveis cresceu além da demanda e o mercado já enfrenta retração.

Alimentados pela oferta de crédito imobiliário, os investimentos na construção civil ajudaram a elevar a Formação Bruta de Capital Fixo para 17,5% do PIB em 2007 e 18,5% do PIB, conforme estimativas recentes, no primeiro semestre de 2008. "O crédito farto fez que o boom se espalhasse", afirmou o diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio, Luiz Paulo Pompéia. No primeiro semestre, 128,4 mil imóveis, no valor total de quase R$ 13 bilhões, foram financiados com recursos das cadernetas de poupança. Para o ano, estima-se que serão financiadas mais de 260 mil unidades. Nas faixas de renda alta, as famílias preferem usar recursos próprios a se endividar. É nas camadas de renda média, portanto, que o crédito imobiliário é mais utilizado.

Como sempre acontece, o boom imobiliário não tem sido acompanhado dos investimentos correspondentes em serviços públicos. Faltam, nas áreas em expansão imobiliária, serviços básicos - principalmente água e esgoto tratados, transportes públicos de massa, segurança. Reproduzem-se, nessas áreas, os problemas das metrópoles, como os congestionamentos de trânsito, deficiências de infra-estrutura e o aumento da criminalidade. "A principal questão é que não se calcula a capacidade de suporte das cidades", afirmou o urbanista Cândido Malta.

O boom imobiliário provocou, ainda, uma grande procura por terrenos para incorporação, materiais de construção e mão-de-obra especializada. Com isso, o Índice Nacional dos Custos da Construção (INCC-M) subiu 7,68%, nos primeiros sete meses de 2008, superando os 6,04% de todo o ano passado. Financiamentos imobiliários oferecidos pelas construtoras baseiam-se, muitas vezes, no INCC-M ou no IGP-M, que aumentou 8,71%, em 2008. Por ora, o aumento da inflação não bastou para afugentar os compradores, segundo avalia o presidente do Sindicato da Habitação, João Batista Crestana. Isto se explica porque os prazos de aquisição dos imóveis são, hoje, bem maiores do que eram na primeira metade desta década e porque os juros são relativamente módicos (em torno de 9% ao ano mais TR).

O ritmo da construção civil tem muitos aspectos positivos, pois fortalece o emprego e o investimento. Mas os poderes públicos deveriam antecipar-se às conseqüências de um boom, dotando os bairros de infra-estrutura urbana.

Fonte: Estadão



Mudanças nas leis e na economia impulsionaram o crescimento do setor imobiliário

Em sua apresentação Antônio Barbosa, superintendente de Crédito Imobiliário do Banco Real, destacou que as mudanças no arcabouço jurídico que envolve a construção civil no Brasil também foram fundamentais para o crescimento do financiamento imobiliário no país. Entre elas a Lei 10.931, do final de 2004, quando três principais medidas foram tomadas.

A primeira delas, segundo Barbosa, é alienação fiduciária. Antes dessa iniciativa, todos contratos eram feitos somente com hipoteca. Nos casos de inadimplências, para retomar o bem era preciso recorrer as todas as esferas judiciais, o que demorava muito, algo entre cinco e sete anos, desestimulando o doador de crédito a arriscar. Já com o advento da alienação fiduciária os casos de retomada do imóvel por conta de inadimplência passou para até nove meses, pois para recuperar o bem são acionados os cartórios.

Outro avanço apontado pelo superintendente é a questão do patrimônio de afetação, que previne situações antigas como a da Encol. Cada prédio que está sendo construído é uma sociedade de propósito específico apartada do corpo jurídico da empresa. Caso uma incorporadora quebre, é feito um condomínio entre os compradores e com a ajuda do banco se contrata uma outra construtora para terminar obra. Ou seja, maior segurança para o comprador final, especialmente para os empreendimentos que estão nas plantas.

A terceira medida é a lei do incontroverso. Os mutuários que entravam na justiça questionando a taxa de juros, deixavam de pagar até que a ação fosse julgada, o que levava anos. Com a alteração, o mutuário tem de depositar em juízo a parcela determinada.

Essa três medidas juntas trouxeram uma maior credibilidade tanto para os bancos, como para as incorporadores e compradores finais. Em final de 2004, foram R$ 7 bilhões investidos em financiamento. A projeção para 2008 é de R$ 38 bilhões.Barbosa destaca que a curva de crescimento é resultado da união dos fatores jurídicos e econômicos, como a estabilização da moeda e os alongamento dos prazos de financiamentos são elementos importantes para o crescimento do setor.

Ele informou que a cadeia produtiva da construção civil é responsável por 6% do PIB nacional. São dois milhões de trabalhadores nas obras. - Basta andar de carro nas ruas para perceber a quantidade de lançamentos imobiliários. Estão faltando guindaste e vigas de sustentação das lajes. Estamos pegando guindastes emprestado da Argentina - afirmou Barbosa.

Ele ainda destacou que expectativa para este ano é emprestar, com recursos da poupança, cerca de R$ 30 bilhões para a compra ou construção da casa própria, um aumento de 64% em relação aos R$ 18,3 bilhões em 2007.

Apesar do desenvolvimento do mercado imobiliário nos últimos anos, ele ressalta que o déficit habitacional brasileiro é de: 7,9 milhões de unidades.

Fonte: Globo Online



Verba para financiar imóveis

O Previ-Rio recebeu, ontem, mais R$ 100 milhões para garantir o financiamento imobiliário aos servidores da Prefeitura do Rio. Cerca de 34 mil cartas de crédito já foram liberadas, desde o início do processo de concessão, no ano passado. As inscrições estão fechadas atualmente.

Segundo o Previ-Rio, mais de 19 mil servidores da prefeitura já compraram a casa própria com recursos do programa. As cartas de crédito variam de R$ 40 mil a R$ 240 mil.

'Valor ampliado

No ano passado, o valor máximo das cartas de crédito foi elevado e passou a ser permitida a concessão de novos empréstimos a servidores já contemplados com outro financiamento.

Os servidores também receberam a autorização para escolher imóveis em todo o Estado do Rio. As inscrições para obter o empréstimo foram abertas em dezembro de 2007 e em fevereiro deste ano. Em julho, foram enviadas as últimas cartas aos contemplados.

Antecipação

Quem já foi convocado pelo Previ-Rio e dispõe da documentação exigida para a compra do imóvel pode solicitar a antecipação da sua carta. O segurado deve comparecer com sua própria documentação completa, a do vendedor e a do imóvel, à Di visão de Atendimento a Empréstimos e Financiamentos, localizada no 8° andar, ala A, do prédio anexo da sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova.

A lista completa de documentos pode ser obtida no site: www.rio.rj.gov.br/previrio, no link "Manual de Carta de Crédito Imobiliário". No mesmo endereço, o ser¬vidor também encontrará um simulador para calcular o valor de sua carta e de sua prestação.

Fonte: Extra



Shopping’ da casa própria tem planta personalizada e visita a apartamento
A segunda edição do Salão do Imóvel 2008 começou nesta quinta-feira (21) não só com a oferta de 25 mil unidades, mas com novidades para chamar a atenção dos 30 mil visitantes que são esperados no evento. Plantas de imóveis personalizadas e visita a um apartamento decorado são o chamariz do que o presidente da Patrimóvel - empresa responsável pela feira - Rubem Vasconcelos, definiu como uma espécie de “shopping” de imóveis.

“Aqui estão todas as ofertas num só lugar, essa é a grande vantagem”, disse Vasconcelos, organizador do evento. “A cada dia mais temos que encontrar formas de sedução. O consumidor tem que ser achado, ele vale ouro.”

Entre esses consumidores está o casal Gisele Vieira, de 23 anos, e Adriano Furtado, de 28. Eles namoram há um ano e oito meses e já fazem planos de se casar e ter um imóvel para chamar de seu.

“Estamos planejando comprar uma casa própria. Vale a pena aproveitar essa oferta de crédito, é uma boa hora”, disse Adriano, que pretende trocar alianças com Gisele daqui a um ano e meio. “Só de ele me trazer aqui já é um bom sinal”, brincou Gisele.

Apartamento decorado em tamanho real

O evento deste ano dobrou em relação ao do ano passado, em número de ofertas e expositores. Num dos estandes, o visitante pode fazer até um “test-drive” num apartamento de 63m² que está sendo lançado na Barra, Zona Oeste do Rio. O imóvel decorado reproduz em tamanho real uma das plantas do empreendimento.

Uma das novidades do salão este ano é um apartamento decorado, em seu tamanho real (Foto: Daniella Clark/G1)

“Nós achamos importante investir nisso para que o cliente tenha aqui uma idéia de como seu apartamento pode ficar”, disse a coordenadora de marketing da construtora CHL, Fernanda Maron.

Personalização das plantas

Outras construtoras que participam do salão oferecem a opção de personalização das plantas. A metragem das unidades e a disposição dos cômodos facilitam a vida de quem quer planejar o imóvel ideal.

A construtora Even, por exemplo, detectou um crescimento de 52% na procura pelos jovens por empreendimentos em que as plantas podem ser adaptadas de acordo com o gosto do freguês. Entre as opções de personalização está a de abrir ou fechar a cozinha para a sala.

"Os jovens preferem uma decoração mais moderna, com cores claras e poucos móveis, além de espaço para receber amigos e visitas. Com a oportunidade de planejar seu imóvel ainda na planta, eles têm a sensação de amplitude do apartamento" explica a arquiteta Ana Beatriz Elias.


Preços a partir de R$ 130 mil

Na feira, podem ser encontrados imóveis com preços a partir de R$ 130 mil, em regiões diversas que incluem não só Barra (Zona Oeste) e Zona Sul, mas Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste, e a Baixada Fluminense. O casal de artistas plásticos Adriana Simões, de 32 anos, e Marco Raphael, de 38, foi conferir o primeiro dia da feira em busca de oportunidades na região do Centro do Rio, como Santa Teresa. O objetivo é fugir do aluguel.

“A gente mora de aluguel desde sempre e economizamos para dar entrada num imóvel. O crédito está farto na praça”, contou Marco.

A expectativa é que o evento movimente R$ 200 milhões. O salão conta ainda com um estande do Banco Real, em que clientes poderão tirar dúvidas e calcular quanto podem obter de financiamento. Segundo os organizadores, em 2007 cerca de 800 cartas de crédito foram aprovadas. O objetivo é que este ano esse número chegue a 2 mil.

Serviço

Onde: No pavilhão 4 do Riocentro.
Quando: desta quinta (21) a domingo (24) e de 28 a 31 de agosto (também de quinta a domingo)
Horários: quintas e sextas, das 14h às 21h. Sábados e domingos, das 10h às 21h.

Fonte: G1 (Daniella Clark)



Incertezas dificultam Freddie Mac a conseguir novas fontes de capital, aponta jornal
Segundo matéria publicada no The Wall Street Journal, os executivos da agência de crédito imobiliário Freddie Mac estão tendo que enfrentar mais um obstáculo para conseguir garantir a sobrevivência do negócio: a dificuldade para conseguir novas fontes de capital.

Como apontou o jornal norte-americano, a financeira busca incessantemente empresas ou outros investidores para aplicar recursos na companhia, através da compra de ações da concessora de hipotecas.

Porém, o temor a respeito da ajuda prestada pelo governo dos EUA ainda é latente, criando desconfianças sobre possível desvalorização dos papéis caso o Estado opte pela compra da agência - ainda está pouco claro como ficaria a situação dos acionistas caso ocorresse a operação.

Incertezas

Em julho, o Congresso norte-americano apoiou a concessão de empréstimos às duas maiores agências de crédito imobiliário dos EUA (Freddie Mac e Fannie Mae), o que aliviou um pouco as tensões por mostrar que o governo estaria disposto a ajudá-las a superar a crise financeira.

Entretanto, caso haja a aquisição das agências pelo Estado, o Tesouro ainda não esclareceu como ficará a situação dos investidores privados que possuem ações da Freddie Mac, favorecendo o clima de desconfiança no mercado financeiro.

Ademais, também é incerto como o novo órgão regulador (Federal Housing Finance Agency) irá conseguir levantar mais capital para cobrir os prejuízos causados pelo mau momento vivido no setor imobiliário.

Fonte: InfoMoney





Salão do Imóvel abre com 25 mil unidades

O Globo, Pág Digital

(Erica Ribeiro)
Começou ontem a segunda edição do Salão do Imóvel, no Riocentro, com opções de apartamentos e casas em quase todos os bairros de Rio, Grande Rio e interior do estado, a preços que variam de R$ 130 mil a R$ 6 milhões, dependendo do tamanho e da localização. Ao todo, são mais de 25 mil unidades apresentadas em 13 estandes de empresas do setor. O evento, que tem apoio do GLOBO, vai até domingo e reabre de 28 a 31 de agosto.
De acordo com Rubem Vasconcelos, presidente da Patrimóvel, organizadora do evento, 85% dos imóveis à venda hoje no Rio e no Grande Rio estão expostos no salão.
—Mais do que fazer uma venda na hora, o salão é uma oportunidade para quem estiver interessado na compra de uma casa ou apartamento e quer verificar as opções que o mercado está oferecendo. Em um só lugar, é possível encontrar diferentes opções e decidir com mais calma depois —diz Vasconcelos.
A Barra da Tijuca é o bairro com o maior número de imóveis à venda no evento, entre lançamentos, novos e usados: 6.357 unidades. Depois, vem Jacarepaguá, com 4.218 imóveis cadastrados para venda, seguido de Recreio, com 2.987 unidades, e Niterói, com 2.457 unidades.
Cartório montado na feira prepara escritura
Para facilitar a busca por um imóvel, os interessados podem recorrer a uma triagem, na qual é elaborado um perfil do que está sendo procurado, a partir do tamanho, número de dormitórios, bairro e recursos para a compra.
Quem quiser sair do salão com o sonho da casa própria realizado tem a opção de utilizar os serviços do cartório montado dentro do salão do imóvel, onde pode ser feita a escritura do apartamento ou casa escolhido. O serviço é disponível apenas para a compra de imóveis em lançamento ou para apartamentos novos e usados, pagos à vista. Para isso, é necessário levar carteira de identidade e CPF, além de comprovantes de renda e residência e certidão de casamento ou de nascimento.
Os mesmos documentos devem ser apresentados para quem quiser fazer uma simulação de capacidade de crédito.
No estande do Banco Real montado dentro do salão do imóvel, o cliente pode saber o valor da carta de crédito de que poderá dispor para a aquisição de um imóvel.
Segundo Antônio Barbosa, superintendente executivo de Crédito Imobiliário Cássia Almeida l Na contramão da tendência histórica, o desemprego subiu ligeiramente nas principais regiões metropolitanas em julho — de 7,8% em junho para 8,1% — de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada ontem pelo IBGE. Para o instituto, a variação tem sinal de estabilidade e outros indicadores do mercado de trabalho continuam melhorando, principalmente na comparação com o ano passado: o desemprego em julho de 2007 atingiu 9,5% da força de trabalho. A inflação mais baixa no mês da pesquisa — o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,58% no mês passado contra 0,91% de junho — afetou menos o rendimento do trabalhador.
Frente a junho, ficou estável em julho, após dois meses em queda.
Frente a julho de 2007, subiu 3%. A massa salarial (soma de todos os salários) cresceu 8,2% em um ano.
— O desemprego começou a cair mais cedo este ano (em maio), o que pode ter amenizado esse movimento agora.
— Houve estabilidade na ocupação e no desemprego, com os indicadores de qualidade, como o emprego com carteira, mostrando tendência de alta — explicou Cimar Azeredo, gerente da pesquisa.
— Ele disse que a expectativa era que o desemprego caísse ou ficasse estável, diante do comportamento do mercado de trabalho ao longo dos anos.
Porém, diz que ainda é cedo para falar em retração no mercado de trabalho.
— Ainda precisamos de mais um ou dois meses para saber se a inflação e juros mais altos afetaram o mercado de trabalho ou foi apenas um soluço em julho.
— A taxa de desemprego média deste ano (janeiro a julho) ficou em 8,2%, a menor da série histórica iniciada em 2002. No rendimento, o valor de R$ 1.224,40 é maior desde 2003, mas ainda permanece 6,2% menor que os valores de 2002.
— Desemprego deve voltar a cair em agosto Os números da pesquisa, quando comparados com 2007, mostram o mercado de trabalho mais robusto este ano, para o economista João Saboia, diretor do Instituto de Economia da UFRJ e especialista na área.
— A força de trabalho, ocupação e emprego com carteira vêm crescendo. Quase a maioria dos trabalhadores que entraram no mercado no últimos 12 meses foi contratada com carteira assinada (82%).
— Mas o economista chama a atenção para as mazelas ainda presentes, como o subemprego.
— Ganhando menos de um salário mínimo por hora estão 3,7 milhões de trabalhadores. Mas ele acredita que a taxa de desemprego vai cair em agosto: — A queda virá, é sazonal.
— Em dezembro teremos a menor taxa de desocupação do ano — afirma Saboia.
— A estabilidade na taxa de desemprego não foi acompanhada por todas as regiões metropolitanas. Em Recife, ela subiu de 8,5% para 10,1%, de um mês para o outro. Em São Paulo, que manteve o desemprego do mês anterior, o que chamou a atenção foi o corte no comércio. Foram 73 mil pessoas que perderam a vaga.
Para Azeredo, do IBGE, a explicação pode estar na inflação: — A inflação corroeu mais os ganhos dos mais pobres. E foi exatamente os conta própria, grande parte vendedores ambulantes, que ficaram desocupados na região. n rio do Banco Real, as taxas de juros para financiamento via carta de crédito são de TR mais 10,5% ao ano para imóveis de R$ 120 mil a R$ 350 mil e TR mais 11,5% ao ano para os que valem acima de R$ 350 mil.
— Essa sinalização é um documento formal do banco.
Mas o negócio, ou seja, a emissão da carta de crédito, só acontecerá depois que o imóvel tiver passado por uma vistoria.
É bom lembrar que a carta de crédito não vale para imóveis em lançamento —explica Barbosa.
Construtoras e incorporadoras presentes ao evento oferecem outras opções de financiamento.
No estande do empreendimento Cidade Jardim, na Barra, da RJZ/Cyrela em parceria com a Carvalho Hosken, imóveis acima de R$ 350 mil podem ser financiados pela Caixa, com juros de 9,0121% ao ano, mais TR. Já no estande da Even, o condomínio Reserva do Bosque, em Jacarepaguá, um imóvel a partir de R$ 350 mil pode ser financiado pelo banco Itaú com juros de 10,5% ao ano, mais TR.


Déficit é de 14,2 mil moradias

Pioneiro - RS, Pág Política

Com 399 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem hoje um déficit de 14,2 mil moradias. O cálculo, do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), estima que 60 mil pessoas, com renda familiar entre um e cinco salários mínimos, vivam de aluguel ou não tenham condições dignas de habitação. Um dos desafios do próximo prefeito será ampliar financiamentos para a casa própria a moradores com essa faixa de renda.
Desde 1952, a prefeitura administra o Fundo da Casa Popular (Funcap), um programa de habitação de interesse social que já beneficiou milhares de caxienses. O problema é que há 15 anos não são abertas inscrições para interessados em parcelar a compra de um imóvel ou terreno. Em torno de 80 famílias aguardam ser chamadas desde 1993, quando os últimos contemplados receberam uma área.
A solução para zerar essa lista e iniciar uma nova finalmente começou a sair do papel em julho. Uma área com 596 lotes, no bairro Nossa Senhora das Graças, zona leste, está recebendo infra-estrutura de água, luz, calçamento etc. O terreno era da Companhia de Habitação (Cohab), do Estado, e foi doado à prefeitura. A obra, que ganhará o nome de Loteamento Popular Campos da Serra, vai custar R$ 7,4 milhões, sendo R$ 6,3 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 1,1 milhão de contrapartida da prefeitura. Os Campos da Serra deve ficar pronto em oito ou 10 meses, mas a Secretaria Municipal de Habitação ainda não sabe como serão vendidos os terrenos via Funcap e se serão erguidas casas para financiar.
- Essa decisão ocorrerá mais tarde, agora estamos empenhados em fazer o loteamento, que deveria ter começado ainda em fevereiro mas atrasou devido a burocracias - diz Eduardo Basso, secretário interino de Habitação.
Até 2009, quando o loteamento ficar pronto, o Funcap tem outras pendências a resolver. Uma delas é fiscalizar os 3.774 beneficiados que ainda não quitaram sua conta com a prefeitura. É que 79% deles estão com parcelas atrasadas. As mensalidades variam de R$ 10 a R$ 70.
- Estamos visitando as famílias para entender o porquê dessa inadimplência. Há desde pessoas muito pobres até gente com bom emprego e carro na garagem - diz Ademir Tondolo, diretor administrativo da Habitação.
- Os inadimplentes estão sendo chamados para renegociar suas dívidas. A prefeitura solicitou reintegração de posse de cerca de 15 casas.
( nadia.detoni@jornalpioneiro.com.br )
O Fundo da Casa Popular (Funcap) é um financiamento via recursos municipais que possibilita pagamento a longo prazo- O beneficiado tem de comprovar renda familiar máxima de cinco salários mínimos regionais, não possuir bens imóveis, não ter sido atendido por outras políticas habitacionais e morar na cidade há mais de dois anos- O programa tem hoje cerca de 80 famílias na lista de espera, todas inscritas ainda em 1993. Novo edital deve ser aberto em 2009- O valor do financiamento varia de acordo com o empreendimento (10, 15 ou 20 anos). Dois exemplos: no bairro Vila Ipê, a prestação é de cerca de R$ 14 e, no bairro Reolon, média de R$ 66- Se comprovado que um contemplado alugou ou vendeu o imóvel antes de quitar prestações, ele pode sofrer punições, como a reintegração de posse.
A falta de moradia já provocou invasões de áreas verdes. Em 1968 eram três vilas irregulares. Em 1994, saltaram para 110, que permanecem até hoje. As ocupações frearam entre 1984 a 1993, quando a prefeitura investiu em loteamentos populares.
Em 2007, ocorreram novos focos de invasões, todos debelados. Nas últimas semanas, dois novos movimentos de invasão de terras particulares surgiram, com um total de 65 famílias. O Judiciário está avaliando.Problema antigo. O déficit habitacional em Caxias é um problema antigo. Em 2004, quando a Habitação foi um dos temas da campanha eleitoral, a carência habitacional era de 11 mil moradias, segundo a Secretaria Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano. Hoje, o déficit estaria em 14,2 mil, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), de Caxias. A série. A série Vida Real busca saber a posição dos candidatos sobre temas controversos da cidade que não fazem parte do cardápio de generalidades das campanhas.A fim de ajudar o eleitor a descobrir o que pensam de fato os candidatos, as questões são formuladas no sentido de detectar o compromisso real de quem postula a administração da cidade.O eleitor pode julgar os candidatos pelas quatro linhas de respostas possíveis ao tema proposto: a favor, contra, sem posição clara ou sem resposta.



Caixa apresenta resultados na região do Vale do Paraíba

Diário de Taubaté, Pág

A meta do Banco é aplicar mais de R$ 350 milhões somente em habitação
A Caixa Econômica Federal divulga os resultados da atuação da Instituição no primeiro semestre de 2008 na região de abrangência da Superintendência Regional Vale do Paraíba.
Comercial
Nos primeiros seis meses do ano, a CAIXA concedeu, nas suas 36 Unidades instaladas na região, crédito comercial no valor de R$ 259,3 milhões, contribuindo para a criação de novos empregos e uma melhor distribuição de renda.
Programas sociais
Como principal órgão executor das políticas sociais do Governo Federal, a CAIXA repassou na região, nos primeiros seis meses deste ano, um total de R$ 359,7 milhões em benefícios sociais, por meio do Bolsa Família, FGTS, INSS e Seguro Desemprego. O repasse do PIS, cujo calendário 2007/2008 encerrou-se dia 30/junho, totalizou pagamentos, dentre Abonos e Rendimentos, na ordem de R$ 55,7 milhões por meio da rede de atendimento CAIXA na região de abrangência da Superintendência Regional, beneficiando 332.259 trabalhadores.
Financiamento habitacional
Até agosto de 2008, a CAIXA, na região atendida pela Superintendência Vale do Paraíba, contratou R$ 264 milhões em financiamentos habitacionais beneficiando 11.200 famílias. Este volume é 38% maior que o total financiado no mesmo período em 2007.
A CAIXA prevê a utilização de, no mínimo, R$ 350 milhões até o final do ano de 2008 para os financiamentos habitacionais na região que abrange o Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira.
Desenvolvimento urbano
A CAIXA, como executora de políticas públicas do governo nas áreas de habitação, saneamento e transferência de benefícios, é o principal agente repassador de Recursos do Orçamento Geral da União com a responsabilidade de acompanhar a correta aplicação dos valores.
Para o repasse dos valores do OGU, após assinatura dos contratos junto à CAIXA, as Prefeituras passam pelas seguintes etapas: análise técnica, homologação pelos Ministérios gestores dos Programas, análise da licitação e início de obras.
A Superintendência Regional Vale do Paraíba assinou, em 2007, 103 operações com as cidades da região envolvendo recursos do OGU no valor de R$ 35,7 milhões. Durante o ano de 2008 estes contratos estarão passando por etapas na CAIXA finalizando com o desembolso dos recursos. No primeiro semestre de 2008, foram 39 contratos assinados com valor de financiamento de R$ 8,3 milhões.
Rede de atendimento
A CAIXA está presente na região há 61 anos e sua história entrelaça-se com o desenvolvimento econômico e financeiro do Vale do Paraíba. São 29 Agências, 7 Postos de Atendimento Bancário, 118 Casas Lotéricas e 78 Correspondentes CAIXA Aqui, com previsão de abertura de mais 18 Casas Lotéricas na região até o final de 2008.